domingo, 28 de outubro de 2012

SER ELEGANTE



Magu
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível notá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas. Também é muito elegante quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não.
É sempre elegante: Oferecer flores. Não ficar espaçoso demais. Você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber que você teve que se arrebentar para o fazer. Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. Não falar de dinheiro em bate-papos informais. Retribuir carinho e solidariedade. O silêncio, diante de uma rejeição. A gentileza: Atitudes gentis falam mais que mil imagens. Por exemplo, abrir a porta para alguém. Ou dar o próprio lugar para alguém sentar. E oferecer ajuda, então, é um suprasumo.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, nem estar nele de uma forma não arrogante. Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma. Olhar nos olhos, ao conversar, é essencialmente elegante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir uma licença para o nosso lado “brucutu”, que acha que “com amigo não se deve ter estas frescuras.” Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário