O pacote de “investimentos” anunciado pela presidente Dilma foi recebido com desconfiança por empresários porque parece seguir o modelo chinês: promete investimentos bilionários, ganha manchetes, mas não realiza. Pirotecnia é especialidade da China: em maio, o primeiro-ministro Li Keqiang prometeu investir US$ 53 bilhões no Brasil. Entre 2007 e 2012, seu antecessor havia prometido US$ 68,5 bilhões.
DEVERES ESQUECIDOS
A relutância de promover reformas trabalhista, tributária, política etc, compromete a credibilidade do Brasil e afasta investidores.
NÚMEROS SUPERFATURADOS
Os números da promessa estão nas entrelinhas do anúncio: o governo Dilma só “garante” R$ 69,2 bi dos R$ 198,4 bilhões prometidos.
CHAPÉU ALHEIO
Dois terços (R$ 129,2 bilhões) dos investimentos anunciados por Dilma só saem a partir de 2019, quando o governo já terá outro presidente.
CAUSA E EFEITO
Assim como ficou no México apostando nas 11 grandes reformas que o País realiza, o HSBC sai do Brasil reclamando da falta de reformas.
PP DA CÂMARA MARCA REUNIÃO PARA DEIXAR BLOCÃO
O PP da Câmara marcou para a próxima terça-feira (16) reunião de bancada que deve referendar o desembarque do partido do blocão, agrupamento composto por PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN e liderado pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). A cúpula do PP considera que o partido deve caminhar com as próprias pernas e buscar “independência” em relação aos projetos do governo federal.
SEM VOZ
O PP reclama que nunca é consultado pelo líder do bloco, Leonardo Picciani, e cansou do papel de referendar as decisões do PMDB.
DORES DE CABEÇA
O Palácio do Planalto não quer problemas com o PMDB, mas também os evita com o PP, que tem a quarta maior bancada: 40 deputados.
HISTÓRICO
O PP deu sinais de independência já na MP 664, derrotou o governo na alteração do prazo de pagamento pela Previdência em auxílio-doença.
SENADOR LEMBRADO
O recém-falecido senador Luiz Henrique (PMDB-SC) foi lembrado pela presidente do Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matvienko, durante conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, em Moscou. Luiz Henrique presidia o Grupo de Amizade Brasil-Rússia.
E O ARROCHO?
A conta do programa Bolsa Família até maio ultrapassou os R$ 9,3 bilhões distribuídos apenas este ano. Se o ritmo de gastança continuar, o governo pode bater o recorde de R$ 27 bilhões distribuídos em 2014.
POR FALAR EM MEDALHAS...
A dez dias do final do prazo para explicar ao Ministério Público Federal por que não cassa medalhas dos mensaleiros que roubaram o País, Jaques Wagner (Defesa) condecora hoje o deputado Eduardo Cunha e os ministros Ricardo Lewandowski (STF) e Nancy Andrighi (STJ).
CAMPEÃO
O campeão de gastos na Câmara Legislativa do DF é o deputado distrital Christiano Araújo (PTB). Seu gabinete pediu ressarcimento de despesas no valor de R$ 90,5 mil, entre janeiro e abril deste ano.
MINISTRO DOS BANQUEIROS
Deputados lulistas que se referem a Joaquim Levy (Fazenda) como “ministro dos banqueiros” não foram tão explícitos quando o então presidente Lula nomeou Henrique Meirelles para o Banco Central.
CORREIOS SITIADOS
A sede dos Correios em Natal, onde há agência do Banco Postal, teve o segundo assalto em 40 dias, e com reféns. O Banco Postal virou alvo de assaltantes, Brasil afora. Afinal, tem pinta e nome de banco e paga e recebe como banco, mas não tem esquema de segurança de banco.
BC, 50 YEARS
O Banco Central irritou o PT ao promover nesta quarta (10) um evento no Rio, com título em inglês (“Central Banking – The Next 50 Years”), para celebrar os 50 anos. E ainda convidou celebridades internacionais da área, como Claude Trichet, Axel Weber e Jacob Frenkel.
NINGUÉM MERECE
A “cumpanherada” do PT preferia que o Banco Central tivesse convidado para seus 50 anos gente do tipo Guido Mantega, Aloysio Mercadante e Luciano Coutinho, que meteram o País na atual crise.
PERGUNTA NO PLANALTO
Haverá interessados em investir no País onde autoridades e funcionários corruptos roubaram R$ 6,1 bilhões da sua maior estatal?
PODER SEM PUDOR
ANALFABETOS FUNCIONAIS
Os parlamentares sobrecarregam os redatores particulares ou do próprio Congresso para redigir discursos. O Instituto de Pesquisa e Assessoria dos Congressistas, no final dos anos 80, de tão assoberbado, trocou os textos dos deputados Jerônimo Santana (RO) e Minoro Massuda (SP). O deputado paulista foi o primeiro a usar a tribuna, em tom dramático:
- Senhor Presidente, o problema de conflito de terras em Rondônia...
Interrompeu ao perceber o engano e jogou a toalha:
- Pô, presidente, eu não sou de Rondônia...
E foi embora, praguejando.
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