quinta-feira, 13 de setembro de 2012

OBRA-PRIMA DO DIA - PINTURA O rigor e o sentimento em José Malhoa



José Malhoa foi pintor profícuo. Tinha suas preferências mas não se deteve em nenhum tema. O que lhe interessava, isso fica muito claro em toda a sua obra, era registrar a vida em sua terra.
Apesar de nascido no campo, foi para Lisboa muito cedo, aos 12 anos. Interessa-se pela História de Portugal e é convidado, como já mencionamos aqui, para pintar murais e afrescos sobre os grandes feitos portugueses. Gosta do tema, mas ainda prefere pintar as gentes de todo dia...


Em 1891 pinta Os Músicos (foto acima), obra encantadora. Esse quadro foi leiloado em 2007 pela Casa Christie’s, de Londres, por soma expressiva, para um colecionador particular.
Já no século XIX, dois de seus quadros provocam grande polêmica : Os Bêbados(1907) e O Fado (1910) (foto abaixo). São de um naturalismo audacioso e avançado para a época, o que provocou muitas críticas. Mostram o ambiente das tavernas como era, não o tornam mais respeitável... Mas são obra de um grande artista e como tal vencem todo preconceito.


Disse um crítico francês que o pincel de Malhoa era rigoroso, que ele não enfeitava a realidade, não a tingia com as cores do sentimentalismo, mas que isso não impedia que seu coração estivesse naquilo que pintava. 
Passa largas temporadas em Figueiró dos Vinhos e, naturalmente, a vida campestre e a paisagem exuberante do interior de Portugal o estimulam a pintar mais e mais. Deixo com vocês Outono, de 1918.


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