Roberto Nascimento
Os sonhos e a luta da geração 60/70 não foram em vão. Não compartilho com o pessimismo de Nei Matogrosso, citada aqui por Jacques Gruman. E como citaram Fernando Pessoa, também trago a comento sua frase mais famosa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
A sociedade brasileira pós-ditadura militar evoluiu incontestavelmente. Evidente que não na velocidade que gostaríamos e sonhamos todos nós. Toda mudança é lenta e não será em uma ou em duas gerações que conseguiremos nos equiparar ao estágio dos europeus, por exemplo.
Parece-me que aumentou, isso sim, o fosso entre os que ganham muito e os trabalhadores de salário mínimo. Nesse particular, os governos tucanos e petistas nada fizeram para diminuir a diferença, pelo contrário, acentuaram a distância. É preciso tocar nessa ferida aberta, sem os sectarismos partidários de conceitos subjetivos na defesa desse ou daquele partido. Todos estão devendo à sociedade brasileira, cada um com sua cota.
Antes colocavam a culpa nos militares, entretanto, conquistada a democracia com a luta do povo, seu suor, sangue e lágrimas (Churchill), os políticos não souberam avançar para diminuir as desigualdades, que estão aflorando cada vez mais.
A Educação se não piorou continuou a mesma, só os jovens das elites empresariais, militares e políticas têm direito as boas escolas, ao estudo de línguas, ao ensino integral e aos professores qualificados. Nesse diapasão, como vão concorrer os filhos dos pobres nessa competição acirrada em busca dos bons empregos nas empresas privadas e públicas? Realmente, trata-se de uma luta desigual, a exemplo do Davi contra o
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