Posted: 28 Aug 2012 09:05 AM PDT
Plínio Delphino, Diário de São Paulo
A professora universitária Luciana Senna Simões, de 35 anos, e o montador de computadores Rodrigo Pereira Rodrigues, de 36, foram presos em flagrante nesta segunda-feira sob acusação de armazenar fotos de sessão de sadomasoquismo com uma garota de 14 anos e divulgá-las na internet. A prisão do casal – ocorrida no Tatuapé e na Chácara Santo Antônio, Zonas Leste e Sul da capital – só foi possível pela luta incansável do pai da adolescente, que descobriu o crime, monitorou as conversas pela rede de computadores e auxiliou a polícia.
O frentista João, de 42 anos, percebeu que a filha vinha tendo comportamento diferente em casa. Ficava recolhida no quarto e já não convivia com os pais e irmãos. Foi quando ele recebeu um telefonema, no último dia 12, dizendo que a menina estava se relacionando com um homem casado.
No dia 29, a adolescente saiu às 9h da manhã e só voltou à noite para casa. Segundo a polícia, ela, por curiosidade, entrou em um site de sadomasoquismo e conheceu Rodrigo, que usava o pseudônimo de srshibarisp. Em japonês, shibari significa amarrar. “Ele aliciou a menina e marcou um encontro no Metrô Santa Cruz. Depois, foram para a residência de Luciana, no Tatuapé”, disse o delegado Genésio Léo, titular do 27º Distrito Policial (Ibirapuera). “Rodrigo havia prometido um presente à menina e entregou para ela um espartilho.”
Naquela data, o pai da menina percebeu que havia algo muito errado. A filha nunca tinha passado tanto tempo fora de casa. “Comprei um rastreador e instalei no notebook dela”, conta. O frentista pode presenciar a conversa da filha com o aliciador. Acionou a polícia e manteve o monitoramento. Os policiais usaram várias técnicas de infiltração e descobriram quem eram os suspeitos.
A polícia pediu a prisão temporária do casal, que foi negada, mas o delegado recebeu autorização judicial para fazer busca e encontrou na casa da professora dezenas de objetos usados em sadomasoquismo, como roupas e máscaras de couro, cordas, vibradores, algemas, agulhas e, no computador de Luciana, fotos das sessões. “Havia imagens da menina participando de uma delas.”
Professora pretendia viajar
para a Austrália para estudar
Uma advogada acompanhou o casal durante os procedimentos policiais, porém, interpelada por repórteres, disse que preferia tomar ciência das acusações antes para depois se manifestar. Ela não revelou o nome.
A professora Luciana se formou em Ribeirão Preto em ciências biomédicas, fez mestrado na Universidade de São Paulo em anatomia humana e deu aulas sobre o tema na faculdade Anhanguera e na Fip (Faculdades Integradas Paulista). Recentemente, ela deixou de dar aulas e dedicava-se a um curso de doutorado na USP. Pretendia fazer pós na Austrália, segundo a polícia. Rodrigo monta e desmonta computadores em uma empresa de telemarketing e adora a cultura japonesa. Já foi até sushi man, segundo a polícia, e conheceu Luciana há cinco anos, em um dos encontros de sadomasoquismo. “O problema deles foi envolver uma menor. É um mundo que eu em 47 anos não conhecia e em dez minutos me surpreendi.”
A professora universitária Luciana Senna Simões, de 35 anos, e o montador de computadores Rodrigo Pereira Rodrigues, de 36, foram presos em flagrante nesta segunda-feira sob acusação de armazenar fotos de sessão de sadomasoquismo com uma garota de 14 anos e divulgá-las na internet. A prisão do casal – ocorrida no Tatuapé e na Chácara Santo Antônio, Zonas Leste e Sul da capital – só foi possível pela luta incansável do pai da adolescente, que descobriu o crime, monitorou as conversas pela rede de computadores e auxiliou a polícia.
Luciana Simões fez mestrado na USP em anatomia humana |
No dia 29, a adolescente saiu às 9h da manhã e só voltou à noite para casa. Segundo a polícia, ela, por curiosidade, entrou em um site de sadomasoquismo e conheceu Rodrigo, que usava o pseudônimo de srshibarisp. Em japonês, shibari significa amarrar. “Ele aliciou a menina e marcou um encontro no Metrô Santa Cruz. Depois, foram para a residência de Luciana, no Tatuapé”, disse o delegado Genésio Léo, titular do 27º Distrito Policial (Ibirapuera). “Rodrigo havia prometido um presente à menina e entregou para ela um espartilho.”
Naquela data, o pai da menina percebeu que havia algo muito errado. A filha nunca tinha passado tanto tempo fora de casa. “Comprei um rastreador e instalei no notebook dela”, conta. O frentista pode presenciar a conversa da filha com o aliciador. Acionou a polícia e manteve o monitoramento. Os policiais usaram várias técnicas de infiltração e descobriram quem eram os suspeitos.
A polícia pediu a prisão temporária do casal, que foi negada, mas o delegado recebeu autorização judicial para fazer busca e encontrou na casa da professora dezenas de objetos usados em sadomasoquismo, como roupas e máscaras de couro, cordas, vibradores, algemas, agulhas e, no computador de Luciana, fotos das sessões. “Havia imagens da menina participando de uma delas.”
Professora pretendia viajar
para a Austrália para estudar
Uma advogada acompanhou o casal durante os procedimentos policiais, porém, interpelada por repórteres, disse que preferia tomar ciência das acusações antes para depois se manifestar. Ela não revelou o nome.
A professora Luciana se formou em Ribeirão Preto em ciências biomédicas, fez mestrado na Universidade de São Paulo em anatomia humana e deu aulas sobre o tema na faculdade Anhanguera e na Fip (Faculdades Integradas Paulista). Recentemente, ela deixou de dar aulas e dedicava-se a um curso de doutorado na USP. Pretendia fazer pós na Austrália, segundo a polícia. Rodrigo monta e desmonta computadores em uma empresa de telemarketing e adora a cultura japonesa. Já foi até sushi man, segundo a polícia, e conheceu Luciana há cinco anos, em um dos encontros de sadomasoquismo. “O problema deles foi envolver uma menor. É um mundo que eu em 47 anos não conhecia e em dez minutos me surpreendi.”
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