Roberto Monteiro Pinho
Nenhuma nação do planeta, com exceção do Brasil, dispõe de tamanho complexo para tratar das relações de trabalho, composto do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Justiça do Trabalho.
Para dar suporte a este trio estatal, são necessárias, centenas de Delegacias do Trabalho, seccionais do Ministério Público, 24 tribunais e 1,6 mil varas trabalhistas, agregando ainda outros milhares de varas estaduais, que suprem a lamentável ausência da JT em 4,6 mil cidades brasileiras.
O custo anual dessa justiça é de R$ 9,7 bilhões, e pode alcançar este ano R$ 14 bilhões, mas deixa na folha de pagamento dos servidores e juízes 93% desse total, um absurdo denunciado por esta coluna e que jamais foi contestado.
Da mesma forma que detectamos a deformidade material da Justiça Trabalhista, enfrentamos a realidade: decorridos quase dez anos de governo do PT, a reforma trabalhista foi empurrada ano a ano, sem que os principais temas fossem resolvidos. Dois deles: a redução da jornada de trabalho de 44 horas, para 40 horas semanais e a inclusão social dos 65 milhões de informais. Mas quem se interessa?
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