Enviado por Míriam Leitão -
11.5.2012
|16h01m
ESPAÇO ABERTO
No Rio de Janeiro, nos últimos anos, foram descobertos sítios arqueológicos importantíssimos que contam a história da escravidão no Brasil. Foram encontrados por acaso, durante escavações para obras.
O programa Espaço Aberto, da GloboNews, que pode ser revisto abaixo, foi gravado nesses lugares, por onde andei com dois historiadores.
Cláudio de Paula Honorato, que estudou o mercado de escravos do Valongo, no Rio, explicou como funcionava. Segundo ele, pelo menos 1 milhão de escravos passaram pelo Cais do Valongo, de 1758 a 1831. Do Rio, que foi o maior entreposto comercial, os escravos eram distribuídos para Minas Gerais, para a mineração, depois para Campos dos Goytacazes, para trabalharem na lavoura da cana de açúcar.
Honorato conta que não só adultos vinham nas embarcações - 60% eram crianças, de acordo com relatos dos viajantes.
Já no número 36 da Rua Pedro Ernesto, na Zona Portuária do Rio, foi encontrado em 1996 o Cemitério dos Pretos Novos, onde 6 mil recém-chegados da África foram sepultados. Também conversei com Merced Guimarães, presidente do Instituto dos Pretos Novos.
Visitei o récem aberto Memorial dos Pretos Novos, onde era o cemitério, com o historiador Júlio César Medeiros, que escreveu "A Flor da Terra, o Cemitério dos Pretos Novos no Rio de Janeiro". Medeiros explicou, entre outras coisas, que 400, 500 escravos vinham nos porões dos navios, mas muitos morriam durante a viagem.
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