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segunda-feira, 30 de novembro de 2015
CAIXA MANTÉM EM SEGREDO PESSOAS QUE GANHARAM A LOTERIA 500 VEZES. HÁ TAMBÉM UMA SÓ PESSOA QUE GANHOU 240 VEZES EM UM MÊS.
Justiça da Suíça multa Eduardo Cunha por criar obstáculos a investigação sobre contas
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
domingo, 29 de novembro de 2015
sábado, 28 de novembro de 2015
Posturas e consequências - João Bosco Leal
* Jornalista, escritor e empresário
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
GOVERNO, VALE E BHP NO CASO DE MARIANA PARA A ENTIDADE, POSTURA DOS ENVOLVIDOS NA TRAGÉDIA É INSUFICIENTE
EMPURRA-EMPURRA ONU CRITICA
Publicado: 25 de novembro de 2015 às 18:36 Redação
“AS MEDIDAS TOMADAS PELO GOVERNO BRASILEIRO, PELA VALE E BHP PARA PREVENIR DANOS TÊM SIDO CLARAMENTE INSUFICIENTES", DISPAROU A ONU
Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) cobraram publicamente o governo brasileiro e as empresas Vale e BHP para que adotem as medidas necessárias para proteção do meio ambiente e da saúde da população exposta à lama de rejeitos proveniente do rompimento das barragens em Mariana, Minas Gerais. Para a ONU, não é o “momento de uma postura defensiva” e é “inaceitável” que a informação de que havia um risco tóxico na lama tenha levado três semanas para ser divulgada. PUBLICIDADE  O rompimento das barragens da Samarco - empresa que pertence à Vale e à BHP - deixou oito mortos, e outros quatro corpos aguardam identificação. Onze pessoas ainda são consideradas desaparecidas. Após destruir o distrito de Bento Rodrigues, a lama causou danos em distritos e cidades vizinhas a Mariana e chegou ao Rio Doce. Nesta semana, os rejeitos chegaram ao mar na costa do Espírito Santo, deixando um rastro de danos ao meio ambiente. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 25, a ONU declarou que dois especialistas independentes se manifestaram com cobranças ao governo e às empresas. “Não é aceitável que se leve três semanas para que haja a divulgação de informação sobre riscos tóxicos do desastre”, disse o representante da organização para Direitos Humanos e Meio Ambiente, John Knox, e o responsável por substâncias perigosas, Baskut Tuncak. “As medidas tomadas pelo governo brasileiro, pela Vale e BHP para prevenir danos têm sido claramente insuficientes. O governo e as companhias deveriam estar fazendo tudo que está ao alcance delas para prevenir danos futuros, incluindo exposição da população a metais pesados e outros químicos tóxicos”, reforçaram o especialistas. Reparação. A ONU informou que a escala do desastre ambiental equivale ao volume de 20 mil piscinas olímpicas contendo lama tóxica, que contaminou solo, rios e sistemas de abastecimento em áreas superiores a 850 quilômetros. A organização destacou que os prejuízos ao Rio Doce são graves e a lama se aproxima lentamente do Arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia. “Infelizmente, a lama já chegou ao mar na praia de Regência (Espírito Santo), um santuário para tartarugas e uma fonte rica da qual depende a pesca local”, reforçaram Knox e Tuncak. Os especialistas pediram que o País avalie se as leis de mineração são consistentes com os padrões internacionais de Direitos Humanos, incluindo o direito à informação. Os relatores especiais declararam que o “desastre é um trágico exemplo da falha na condução de negócios em relação aos direitos humanos e com relação à diligência para prevenir abusos”. “Talvez nunca haverá reparação para as vítimas que perderam entes queridos e para o meio de subsistência, agora sob restos de uma onda tóxica, assim como para o meio ambiente, que sofreu um dano irreparável”, disseram. (AE)
RENAN CALHEIROS QUER EMPORCALHAR DE VEZ O BRASIL.QUER QUE O SENADO SOLTE DELCÍDIO - LAURO JARDIM
A jihad petista - MODESTO CARVALHOSA
A inércia do poder público na tragédia de Mariana - O GLOBO
A mancha marrom tornou-se um mórbido indicador da morte, até mesmo de extinção, de espécies animais e vegetais. Ela atinge o coração do Parque Estadual do Rio Doce, um santuário que abriga, por exemplo, uma vegetação remanescente da devastada Mata Atlântica, além de outros ecossistemas que, agravados, levam de roldão para a agonia do extermínio de pequenos peixes a grandes mamíferos, de frágeis plantas a centenárias árvores.
Isso tudo documentado por fotos e vídeos. Mas, decorridos vinte dias do acidente, ações efetivas do poder público para conter os danos e cobrar responsabilidades são tímidas. Fala-se em multas à empresa dona da barragem, mas em valores irrisórios se comparados aos prejuízos econômicos, sociais e ambientais provocados pelo desastre.
De positivo, mas ainda no plano da especulação, preceitua-se a criação de um fundo específico para mitigar os efeitos desse e outros desastres ambientais. Há mesmo que se evitar o desvio das verbas a ele destinadas para o caixa único dos governos. É uma preocupação fundada: a legislação brasileira permite que as multas por danos ao meio ambiente entrem genericamente nos cofres públicos, onde sua aplicação obedece a critérios difusos. O fundo a ser criado não pode atolar nesse despautério.
O desastre de Mariana, por sua dimensão, revelou uma cadeia potencial de sinistros que cerca o setor. Há mineradoras demais com regulação de menos, o sistema de prevenção é tíbio e a legislação estimula a leniência. A autovistoria é ineficaz para evitar acidentes. Disso resulta um perfil assustador no setor em diversas regiões, como a existência de 16 represas de alto risco, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral.
Mesmo o selo de advertência do DNPM não parece contemplar todo o universo de risco: por exemplo, a barragem de Germano, do complexo da Samarco em Mariana, tem trincas preocupantes, mas não se inclui no lote de obras com grave ameaça de acidente. A que dissolveu sequer era considerada de alto risco. Esse parque inseguro abriga um oceano de rejeitos tóxicos que deixa sob o fantasma de colapso ambiental uma população de 540 mil habitantes.
As imagens da dor, as perdas dos ribeirinhos e os prejuízos ao longo do Rio Doce dimensionam apenas em parte o drama. O poder público precisa fazer a sua parte, para dar respostas que correspondam ao tamanho dos danos da tragédia.
Prisões do senador Delcídio e do banqueiro Esteves sinalizam que Cunha, Collor e outros correm risco
A bolsa penitenciária de apostas especula que as próximas prisões de alto impacto político da Lava Jato serão as do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senador Fernando Collor de Mello. A inédita prisão de um senador em mandato, caso do petista Delcídio Amaral, pode render cadeia para outros membros da cúpula petista. Já a prisão do bilionário banqueiro André Esteves, combinada com a quase certa delação do pecuarista José Carlos Bumlai, amigão de Lula, tende a causar problemas para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e para o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Conselho da Petrobras, Guido Mantega. O ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, também entra na mira da Justiça.
Desde ontem, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal trabalham sob tensão máxima. Não foi fácil tomar a decisão de ordenar a prisão preventiva de um senador, mesmo com a prova gravada pelo filho de Nestor Cerveró, sobre um plano de fuga e uma mesada de R$ 50 mil para a família do ex-diretor internacional da Petrobras, ilustre delator premiado da Lava Jato. O dono do BTG Pactual foi acusado de ter prometido R$ 4 milhões a um advogado de Cerveró, em troca de silêncio. A obstrução nas investigações da Lava Jato ferrou Delcídio e Esteves.
O STF agora enfrenta o dilema de mandar prender o presidente da Câmara. O nervosismo se amplifica porque Eduardo Cunha já teria entregue ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, documentos contra 180 parlamentares. Cunha teria revelado um esquema de corrupção de políticos, incluindo prefeitos, que mexe com um mega sistema de prostituição na capital federal - que tem vários poderosos como clientes vips (sigla que também pode ser traduzida por "velhos, impotentes e picaretas"). No Congresso, a situação de Cunha é classificada como "pra lá de insustentável". Mas uma eventual prisão dele tem tudo para ampliar a guerra de todos contra todos.
A crise institucional, que já era evidente e gravíssima, também se complica dinda mais. Pelo artigo 53, parágrafo dois da Constituição, o Senado terá que votar a prisão de Delcídio do Amaral. O STF terá 24 horas para enviar ao Senado os documentos que justificam da prisão preventiva de Delcídio. Imagina o caos formado se os senadores, porventura, resolverem derrubar a decisão do ministro Teori Zavascki. O risco de tal absurdo acontecer é concreto. O problema é que os políticos ficarão com seu filme ainda mais queimado. E pode agravar a briga entre os poderes legislativo e judiciário, rumo a um impasse que pode redundar em ruptura. Todos sabem disto em Brasília.
O caso Delcídio é delicadíssimo. O senador petista, com fama de truculento, já tinha sido citado na delação do lobista Fernando Baiano, apontado pela Lava Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014. Fernando Baiano revelou que Delcídio do Amaral teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
A prisão Bumlai, amigão de Lula, já tinha acendido a fogueira do inferno. Até que tudo se transformou em um forno siderúrgico com as prisões de Delcídio e de Esteves. Um é apenas o líder do governo no Senado. O outro é um banqueiro que cuida da fortuna de muita gente poderosa e agora sob risco. É quase inevitável que o problema de Bumlai acabe sobrando para Lula - ou para seu ponto mais frágil: algum de seus filhos.
Não vai ser fácil se livrar da pecha de tráfico de influência quem deixou Bulmai entrar 236 vezes no Palácio do Planalto. Isto, fotografado, via portaria, sem contas outras visitas feitas pela garagem, com registro apenas do veículo que o transportava. Informalmente, Bumlai tem frequência digna de um assíduo "funcionário" do governo. Deve ter muita gente com DAS de alto valor sem tamanha "presença" no local de trabalho. Apenas por coincidência, Delcídio foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília. Ali também morava o empresário José Carlos Bumlai, pego um dia antes.
Já a prisão de Esteves também acendeu uma luz ultravioleta no comando dos maiores bancos brasileiros. Esteves tinha negócios ligados a áreas problemáticas da Petrobras. Vide a empresa Sete Brasil, que fornece sondas para a "estatal". A força tarefa da Lava Jato investiga se ele também intermediava outros negócios para a empresa. No mercado, todos comentam, abertamente, que o dono do BTG Pactual foi beneficiado na aquisição da Petrobras África, em Angola. A investigação também promete um pente fino sobre quem investia com ele, sobretudo gente ligada ao governo. E, para horror dos financistas, a PF, Receita e Coaf estão de olho em operações feitas com a ajuda de outros grandes bancos brasileiros.
O caso Esteves pode chamar a atenção para conexões de operações financeiras, legais ou não, com a Suíça - cujo judiciário firmou um convênio com o Brasil para troca de informações. Desde 2014, o BTG Pactual de Esteves é controlador do banco suíço BSI (Banca della Svizzera Italiana). O 11o maior banco da Suíça por ativos, fundado em 1873, vira alto natural de investigações de transferências de dinheiro a partir do Brasil.
Como o Alerta Total já antecipou, informações e circunstâncias que levaram à prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal e muito próximo do poderoso Luiz Inácio Lula da Silva, levaram a cúpula petista a supor que José Dirceu de Oliveira e Silva tenha feito revelações comprometedoras à Justiça, em uma preparação para uma delação premiada oficial. Petistas já temem o que chamam de "traição de Dirceu", porque o já condenado no Mensalão estaria disposto a fazer de tudo para não continuar preso, em regime fechado, por causa do Petrolão - que estaria previsto, naturalmente, para acontecer, a não ser que haja algum acordo judicial.
Vale repetir por 13 x 13. Neste escândalo, a impressão geral é que o fim está apenas começando...
Releia a primeira edição desta quarta-feira: Petelândia já teme que Dirceu possa estar por trás de delações que levaram à prisão de amigo de Lula
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Arábia Saudita decreta pena de morte para quem carregar Bíblia - LEONARDO SOUZA
terça-feira, 24 de novembro de 2015
PASADENA NÃO PASSARÁ - Fernando Gabeira
20.11.2015
Passa, passa, Pasadena. Não passou. A refinaria no Texas que deu prejuízo de US$ 700 milhões reaparece agora com novo nome: Ruivinha.
Ninguém faria um negócio desses, tão prejudicial ao lado brasileiro, se não gastasse alguns milhões de dólares com propina. Agora, está comprovado que houve corrupção. Há até uma lista preliminar de quem e quanto recebeu para aprovar a compra de uma refinaria enferrujada, docemente tratada pelos próprios compradores como a Ruivinha.
A Operação Lava Jato tem elementos para pedir a anulação da compra e o dinheiro de volta. Acontece que Pasadena está no Texas. Foi uma transação realizada na esfera da legislação americana. Necessariamente, a Justiça dos EUA terá de analisar todos os dados enviados pelas autoridades brasileiras e, eventualmente, pedir outros.
Existe uma questão cultural e política no caminho.
Os americanos não conseguirão ver a compra de Pasadena só como uma conspiração criminosa de quadros intermediários da empresa que comprou. A tendência natural será verticalizar a investigação. Quem eram os responsáveis pela Petrobrás, como deixaram que isso acontecesse?
Não só nos EUA, como em outros países, os dirigentes máximos são responsáveis, mesmo quando alegam que não sabiam de nada. Numa empresa privada, se uma direção fizesse um negócio tão desastroso, renunciaria imediatamente e responderia aos processos legais fora do cargo. O caso de Pasadena, se internacionalizado, como na verdade tem de ser, vai pôr em choque a tolerância brasileira com os dirigentes que alegam não saber de nada.
A própria Petrobrás deveria pedir a anulação da compra de Pasadena. No entanto, isso é feito pela Lava Jato. A empresa assim mesmo, parcialmente, só reconhece que Pasadena foi um mau negócio. Ainda não caiu a ficha de que foi uma ação criminosa, que envolve também os vendedores belgas. Por isso é bom internacionalizar Pasadena. A Justiça americana poderá cuidar do vendedor belga, mais fora de alcance da brasileira.
Uma pena a Petrobras ainda não ter percebido seu papel. É uma questão político-cultural. A própria Dilma diz que não sabia de nada porque teria sido enganada por um relatório. Esse impulso de jogar para baixo toda a culpa já aparecia no mensalão, quando Lula se disse traído.
Duas grandes empresas brasileiras vivem um inferno astral. Petrobrás e Vale: o maior escândalo de corrupção no País, o maior desastre ambiental de uma associada.
No caso do mar de lama lançado no Rio Doce, com mortes e destruição pelo caminho, os dados técnicos e científicos ainda não foram divulgados. Mas já se sabe que os mecanismos de contenção, filtragem e escoamento nas barragens mineiras já não são usados em alguns países do mundo. Há métodos mais modernos, possivelmente mais caros. Isso questiona toda uma política de investimento, no meu entender, de forma semelhante ao que ocorre no setor público.
O Brasil ainda não universalizou o saneamento básico porque são obras que não aparecem, não rendem votos.
Nas empresas privadas, como na Vale e na própria Samarco, existem políticas ambientais, mas também uma preocupação com a margem de lucro. A sustentabilidade nem sempre responde rápido ao quesito lucro.
Muitas pessoas veem o princípio de precaução – um dos temas que a ecologia política levantou – como um exagero de ambientalistas apocalípticos. Em termos econômicos, a precaução revela a sua importância no longo prazo: quanto custa um desastre ambiental? Quanta custa a renovação dos equipamentos?
Uma semana nas margens do Rio Doce, pontuada por um atentado terrorista em Paris, me entristece. No entanto, fica cada vez mais claro que é o mundo que temos e é preciso encará-lo. Não há como escapar.
As coisas só pioram na economia e o País se limita a contemplar o próprio declínio. Não há uma resposta política. O Congresso é um pântano. Só haverá um pouco de esperança no ar se discutirmos um caminho para depois desse desastre. O PT propõe apenas entrar no cheque especial e continuar entupindo o País com carros e eletrodomésticos.
Além dos passos políticos e econômicos, será preciso considerar algo que ainda não foi acrescentado à corrente descrição da crise. Não é só econômica, política e ética. Vivemos também numa crise ambiental. No cotidiano, documento problemas agudos de falta d’água, cachoeiras reduzidas a fios, rios secando e, agora, o Doce levando este golpe lamacento. Há uma seca prolongada em grandes regiões do País, queimadas aparecem em vários lugares, algumas em áreas teoricamente protegidas.
Políticos convencionais tendem a subestimar a importância que as pessoas dão hoje à crise ambiental. Não é preciso percorrer os lugares atingidos pela lama. As cidades ameaçadas por barragens vivem em tensão.
A oposição, homens e mulheres que foram eleitos e ganham para isso, deveriam estar propondo alguma coisa para superar essa crise, que tem muitas cabeças. Se eles não têm ideia do que propor, pelo menos poderiam sair perguntando, sentir os anseios de renovação e deduzir algo deles.
Muito se falou de pauta-bomba nesse Congresso. Essa etapa está quase passando. Eles inauguraram a pauta-míssil: repatriar dinheiro suspeito e uma patética lei sobre a imprensa.
Neste momento da História do País, apesar de morto politicamente, o governo, que tem seus tentáculos na Justiça, agora pode brandir uma espada sobre a cabeça dos jornalistas. Começam dizendo que você não viu o que está acontecendo porque sofre de miopia ideológica. Em seguida, tomam precauções para que os juízes de linha justa os liberem: agora, preparam o caminho para punir quem divulga a verdade que os ofende.
É o tipo de lei que, mantida com esse texto, acaba sendo um convite a desobedecer. Lembro-me de que escrevi uma apresentação da edição brasileira do Desobedeça, de Henry David Thoreau. Voltarei ao livro em busca de inspiração.
Artigo publicado no Estadão em 20/11/2015
PLANETA BARRIL DE PÓLVORA
A Coluna de Marli Gonçalves – direto do chumbogordo
As coisas parecem ter se acelerado e temo não ser só uma mera impressão minha. Nos últimos dias nosso país deu mais alguns passos em direção ao abismo, ao precipício, e a avalanche de lama com minérios é simbólica e infernalmente definitiva. Já o mundo, esse, treme todo com a incerteza do que é que exatamente combate
Eles são jovens, atléticos, bonitos, (sim, claro que depois de um bom banho), rústicos. Parecem especialmente corajosos e arrojados em suas covardias contra o mundo civilizado que consideram poder destruir. Alinham exércitos de desencantados de várias nações, encantados com promessas de além-túmulo vendidas em apuradas embalagens religiosas. Sorrateiros, trazem uma nova estética e não demorará a indústria da moda perceberá um veio de ouro naquelas barbas, na paleta de cores terrosas, nos véus negros. A mim parece que já estão entre nós, sorrateiros, passando-se por modernos. Ainda prefiro o branco e o preto, e as revoluções trazidas pelo amor livre, pelo rock e pela Paz. Mas agora parece que o sonho acabou. Mesmo. Agora.
O que foi que especialmente aconteceu nesses últimos anos para que a radicalização mudasse de cara assim? Quem é o gênio do marketing por detrás desse Estado Islâmico? Quem é o Goebbels deles? Procurem-no. Como evitar que tão habilmente usem o poder da internet que tanto facilita o incremento de suas fileiras com esses pensamentos confusos?
Depois dos atentados de Paris parece que não teremos mais sossego.
Uma coisa levando a outra, traçando uma nova conjuntura de forças de guerra, poucas de paz, todas de poder. 14 anos depois das torres gêmeas virem ao chão como cena de cinema agora são outras as cenas que assistimos ao vivo pipocando em todos os continentes, inquietando países inteiros. Eles não sabem o que fazem, não têm nada a perder, e ainda acreditam que como mártires alcançarão um éden – no fundo completamente orgiástico com suas virgens e ereções eternas. Se vão continuar rezando lá nesse paraíso, só Alá saberá dizer.
Como se num caldeirão se misturassem gotas de uma receita de bomba: duas gotas de Che Guevara, com uma pitada de Fidel Castro, quatro ou cinco braços e pernas de nazistas, três barrigas de ditadores africanos, ossos de Bin Laden, uns pelos de bigode de Trotsky com cabelos de Saddam, pólvora, salpicado de pó de mico misturado com miolos de Chavez, Pinochet e Videla para dar liga. Quem pensava que era uma Besta 666 que viria não podia imaginar que se reproduziriam com tamanha rapidez.
Apavorada, assisti a um documentário que conseguiu mostrar ainda a atração de mulheres para o ninho das bestas, o que nos faz crer que já há uma procriação. Mulheres que querem casar, vindas de todos os lugares. Não é mais fábula. Não tem magia, lâmpadas, gênios ou tapetes voadores.
Momento insano. Aqui, Minas Gerais chega ao mar em estado mineral, enquanto nos fazem de palhaços numa crise política, econômica e ética sem precedentes, com personagens sórdidos se revezando ao microfone do palanque das más notícias diante de atônitos de um lado e bem-intencionados de araque de outro.
O pavio está queimando. E ele é curto.
São Paulo, um 2015 para esquecer.
MARLI GONÇALVES, JORNALISTA – Não queria ver isso. Esse novo século deveria ser livre, para a frente, ser o Futuro, o que víamos na ficção, em outros planetas. Mas estes homens são da Terra, as mulheres também, e é nela que estamos.
POR FAVOR, SE REPUBLICAR, NÃO DEIXE DE CITAR A FONTE ORIGINAL E OS CONTATOS
TCU vai denunciar ao MPF Dilma, Mantega e demais conselheiros da Petrobras no escândalo de Pasadena
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Uma provável decisão do Tribunal de Contas da União sobre o escândalo da compra da refinaria Pasadena pela Petrobras tem tudo para forçar o Ministério Público Federal a fazer andar, na Justiça Federal, uma ação coletiva de responsabilidade civil, movida por investidores da petrolífera em 2 de abril de 2014, pedindo reparação de danos estimados em US$ 1,18 bilhão aos acionistas e à empresa. Além dos conselheiros da companhia, a maior prejudicada com tal ação seria a Presidenta Dilma Rousseff - uma das responsáveis por aprovar a compra superfaturada da sucata norte-americana, um dia após ao fechamento da aquisição.
O TCU tende a aceitar a tese de investidores de que Dilma Rousseff, por ação errada ou omissão, tem responsabilidade direta na negociata de Pasadena (negócio armado entre 2006 e 2009). Dilma foi a "presidente" do Conselho de Administração que aprovou a operação. Contra ela pesa até uma declaração do ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, em 20 de abril de 2014, em entrevista dada ao Estadão, afirmando que “a presidente Dilma não pode fugir da responsabilidade dela, que era presidente do conselho”. Como o mesmo negócio foi tratado quando Guido Mantega a sucedeu no Conselhão da Petrobras, o ex-ministro da Fazenda de Lula também entra na dança.
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