Que farás tu, meu Deus, se eu perecer?
Eu sou o teu vaso - e se me quebro? Eu sou tua água - e se apodreço? Sou tua roupa e teu trabalho Comigo perdes tu o teu sentido.
Depois de mim não terás um lugar
Onde as palavras ardentes te saúdem. Dos teus pés cansados cairão As sandálias que sou. Perderás tua ampla túnica. Teu olhar que em minhas pálpebras, Como num travesseiro, Ardentemente recebo, Virá me procurar por largo tempo E se deitará, na hora do crepúsculo, No duro chão de pedra.
Que farás tu, meu Deus? O medo me domina.
(Tradução: Paulo Plínio Abreu)
A biografia de Rainer Maria Rilke aqui
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015
POEMA DA NOITE - Que farás tu, meu Deus, se eu perecer?
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