19/07/2014
A COLUNA DE RAPPHAEL CURVO
Terminada a euforia do ego, o Brasil retorna a sua realidade que não é lá bem como o governo propaga aos quatro cantos. Ficaram para trás obras inacabadas, dívidas monstruosas, incompetências de sobra, incapacidade administrativa além de um 4° lugar da seleção que, na verdade foi um retrato fiel do nosso País de hoje, sem administrador e sem equipe. Voltamos a viver nossa pobreza no cenário mundial, comprovada pela desorganização administrativa e gerencial que quis mostrar ao mundo aquilo que não somos, melhor, em que o governo há 12 anos vem nos transformando, uma grande mentira.
É difícil escrever sobre isso? É, e muito. Caso tivéssemos governos realistas, que não passassem propostas ilusionistas, a história brasileira estaria bem diferente, pra melhor. Elegerem um contador de lorotas e de curta visão e metas, sem base em consistente planejamento e organização administrativa, um franco atirador na busca exclusiva de Poder, que pela influência populista impingiu ao povo brasileiro uma administradora que conseguiu falir um comércio de lojas de produtos de R$1.99. O que é “ultrajante” nisso tudo, é que grandes empresas e instituições financeiras deram suporte a essa aberração pensando em lucros rápidos e pouco preocupados com o futuro de várias gerações.
Tudo foi feito para angariar lucros e capital político. Para tal, levaram a população a acreditar, via propagandas, que éramos grandes no mundo globalizado. Copas, Olimpíadas e com outras fantasias mais, foram induzindo os inocentes úteis a crença de que estavam ricos e que subiram de patamar social. Créditos e facilidades de compra levaram o povo às lojas em frenesi nunca visto. Prestações a perder de vista faziam o júbilo das famílias brasileiras e aumentava a crença de que o “messias” finalmente chegou. Era e continua sendo um falso profeta que pela falta de preparo educacional e pouca percepção da verdadeira intenção do seu “líder populista”, um ex X9 (informante) segundo Romeu Tuma Jr., continua a ludibriar a boa fé da população.
O Brasil ficou nu. Está aí toda a sua real face e ela não é das melhores para se olhar. A economia está em passos lentos, esgotada, sem forças para seguir e adquirir vigor. A desindustrialização é um fato ante a insegurança contratual, jurídica. Nenhum empresário quer o dinheiro oferecido porque não sabe o que pode acontecer em breve e com isso jogar sua indústria no brejo. Com exceção das grandes empresas, que tem cacife econômico e político para reverter situações de prejuízos e danos, as médias e pequenas ficam ressabiadas com a oferta do dinheiro que explora o bolso do consumidor por este não entender muito de processos comerciais e econômicos. Exemplo: O Tesouro Nacional, que arrecada o dinheiro do povo, empresta, via governo federal, ao BNDES, que também é do governo, que por sua vez empresta aos empresários com juros menores do que aquele que paga ao Tesouro Nacional. Quem paga esse prejuízo? Faça um exercício de memória.
A situação do Brasil, além da exposta acima, tem outra agravante, estamos reféns da Argentina nas nossas relações comerciais. O Brasil, pela regra que rege o Mercosul, solenemente ignorado, é um delirante acordo de imbecilidades e anomalias de regras comerciais, se vê impedido de melhorar seu mercado exportador com o resto do mundo já que para tal, em razão dessas aberrações, só pode fazê-lo desde que “aceito” pelos hermanos, que estão em processo de total falência econômica. Transformaram o que poderia ser um “mercado comum” e de grande potencial, em um quintal bolivariano onde todos por um e um por todos, só que a regra favorece apenas os que não tem potencial exportador. E nós, como ficamos nessa? Obedientes e caminhando para sermos los hermanos de mañana?
* Os irmãos de amanhã
Jornalista e Adv. Rapphael Curvo
Adv. Ellen Maia Dezan Curvo
OAB/SP 275669
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