SILVIA AMORIM
Serra contraria análise de Aécio sobre economia. Em palestra, ex-governador de São Paulo diz que não há descontrole fiscal, como afirmou o senador mineiro, Aécio Neves.
SÃO PAULO - O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) fez ontem análises sobre o quadro econômico brasileiro que se contrapõem ao que tem pregado o pré-candidato tucano à Presidência, o senador Aécio Neves (MG). Em teleconferência para consultores financeiros, ele disse que não vê no Brasil situação econômica "calamitosa" nem "descontrole inflacionário e fiscal".
— Eu não vejo que o quadro econômico seja tão calamitoso quanto se divulga. Não significa que estamos bem, mas o que não vejo é que seja tão calamitoso — disse Serra, ao começar a análise da conjuntura econômica.
Inicialmente, ele avaliou que não há no país um descontrole da inflação, ao contrário do que têm defendido o PSDB e o próprio Aécio desde o ano passado. O tema foi um dos destaques do programa nacional do partido em 2013 e tem sido usado pelo PSDB para tentar desgastar a imagem do atual governo.
— Há uma perda por ensaio e manobra em relação à inflação, mas não há o risco de descontrole inflacionário — avaliou Serra na palestra.
O tucano também afirmou que a situação na área fiscal do governo federal não é de descontrole nem de calote:
— Há perda de manobra na área fiscal, mas não há perspectiva de descontrole na área fiscal e muito menos de calote. Não há isso.
Em janeiro deste ano, em artigo para o jornal "Folha de S.Paulo", Aécio afirmou haver no país "um descontrole fiscal generalizado".
Mais adiante, Serra citou a projeção de crescimento do PIB para 2014 — que ontem foi rebaixado pelo governo de 3,8% para 2,5%. Num discurso moderado, disse que o índice — que o PSDB tem chamado de "pibinho" — não chega a ser uma "tragédia".
— O PIB por habitante, se crescer 2% este ano, em termos per capita, vai ser da ordem de 1,2%. Não é um desempenho negativo. Não chega a ser uma tragédia. Nada brilhante, nada desastroso.
Serra disse que a presidente Dilma Rousseff tem parcela de culpa pelo pessimismo mundial que ronda a economia brasileira. Segundo o tucano, ela pouco entende de economia e, quando fala sobre o tema, atrapalha, em vez de ajudar.
Sobre o futuro político, Serra não quis falar. Perguntado sobre temas eleitorais,não respondeu, alegando que a palestra era para tratar de questões econômicas.
Cresce no PSDB a pressão para que o ex-governador se candidate a deputado federal. Serra e Aécio têm um acordo para que a pré-candidatura do mineiro à Presidência seja lançada em março. Não está certo se, até essa data, José Serra anunciaria seus planos eleitorais.
— Eu não vejo que o quadro econômico seja tão calamitoso quanto se divulga. Não significa que estamos bem, mas o que não vejo é que seja tão calamitoso — disse Serra, ao começar a análise da conjuntura econômica.
Inicialmente, ele avaliou que não há no país um descontrole da inflação, ao contrário do que têm defendido o PSDB e o próprio Aécio desde o ano passado. O tema foi um dos destaques do programa nacional do partido em 2013 e tem sido usado pelo PSDB para tentar desgastar a imagem do atual governo.
— Há uma perda por ensaio e manobra em relação à inflação, mas não há o risco de descontrole inflacionário — avaliou Serra na palestra.
O tucano também afirmou que a situação na área fiscal do governo federal não é de descontrole nem de calote:
— Há perda de manobra na área fiscal, mas não há perspectiva de descontrole na área fiscal e muito menos de calote. Não há isso.
Em janeiro deste ano, em artigo para o jornal "Folha de S.Paulo", Aécio afirmou haver no país "um descontrole fiscal generalizado".
Mais adiante, Serra citou a projeção de crescimento do PIB para 2014 — que ontem foi rebaixado pelo governo de 3,8% para 2,5%. Num discurso moderado, disse que o índice — que o PSDB tem chamado de "pibinho" — não chega a ser uma "tragédia".
— O PIB por habitante, se crescer 2% este ano, em termos per capita, vai ser da ordem de 1,2%. Não é um desempenho negativo. Não chega a ser uma tragédia. Nada brilhante, nada desastroso.
Serra disse que a presidente Dilma Rousseff tem parcela de culpa pelo pessimismo mundial que ronda a economia brasileira. Segundo o tucano, ela pouco entende de economia e, quando fala sobre o tema, atrapalha, em vez de ajudar.
Sobre o futuro político, Serra não quis falar. Perguntado sobre temas eleitorais,não respondeu, alegando que a palestra era para tratar de questões econômicas.
Cresce no PSDB a pressão para que o ex-governador se candidate a deputado federal. Serra e Aécio têm um acordo para que a pré-candidatura do mineiro à Presidência seja lançada em março. Não está certo se, até essa data, José Serra anunciaria seus planos eleitorais.
Publicado no Globo de hoje.
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