Não pesquises – saber é sacrilégio –
Que fim os deuses reservaram,
A mim e a ti, Leuconoe,
Nem consultes os números babilônios.
Melhor é suportar tudo o que vier.
Ainda que Júpiter te tenha dado
Como último, entre muitos, este inverno.
Ainda que, entre recifes opostos,
Fraqueje o Mar Tirreno,
Seja sábia, apura e purifica e deita os vinhos
E traze para perto e logo, vez que a vida é breve,
As esperanças longas...
Pois enquanto falamos, o tempo, invejoso, foge.
Aproveita o dia, amada,
Confiante o menos possível no futuro.
Que fim os deuses reservaram,
A mim e a ti, Leuconoe,
Nem consultes os números babilônios.
Melhor é suportar tudo o que vier.
Ainda que Júpiter te tenha dado
Como último, entre muitos, este inverno.
Ainda que, entre recifes opostos,
Fraqueje o Mar Tirreno,
Seja sábia, apura e purifica e deita os vinhos
E traze para perto e logo, vez que a vida é breve,
As esperanças longas...
Pois enquanto falamos, o tempo, invejoso, foge.
Aproveita o dia, amada,
Confiante o menos possível no futuro.
Aurea Domenech nasceu no Rio de Janeiro em 1956. Além de poeta, é artista plástica, tradutora e advogada. Participou de algumas exposições pelo mundo, tais como na P.T.A Art Galery em Winnetka. Em 1989, publicou o elogiado O Pescador de Sombras e prepara mais um livro para este ano.
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