sábado, 5 de julho de 2014

OBRA-PRIMA DO DIA (PINTURAS) A obra de Lucian Freud

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa 

O pintor Lucian Michael Freud nasceu em 8 de dezembro de 1922 e faleceu em 20 de julho de 2011. Nasceu em Berlim, filho de mãe judia alemã, Lucie Brash Freud e pai judeu autríaco, Ernst L. Freud. Lucian era neto de Sigmund Freud.
Em 1933, para escapar do nazismo, a família mudou-se para a Inglaterra e instalou-se em St. John's Wood, bairro de Londres. Em 1939, Lucian naturalizou-se inglês.
Retratista muito conceituado, usava do impasto para repassar para as telas toda a gama de emoções que pretendia, mais do que os traços do retratado, expor em seus retratos.
Começou mais interessado em desenhar do que em pintar. Durante algum tempo namorou o surrealismo, depois o neo-romantismo para, finalmente, imprimir um estilo muito pessoal, meticulosamente realista, mas sempre com um distanciamento que mais atrai do que afasta o espectador.
Logo se voltou para a pintura. 
Suas pinceladas, no final da década de 50, passaram a refletir a forma e a estrutura do rosto e do corpo de seus modelos ao se preocuparem mais com o espaço ocupado na tela do que com detalhes exatos. Uma coisa, no entanto, nunca mudou: sua paleta foi sempre em tons sóbrios.

                                                Garota com um cachorro branco
Nessa tela vemos a primeira mulher de Lucian, Kathleen Garman, quando grávida. Foi observado pelo crítico inglês Herbert Read que Freud nesse quadro demonstrou sua admiração por Ingres, o grande pintor francês. Além de repassar para o espectador a solidão essencial do ser humano.
Óleo sobre tela. 76cm x 101cm. 1950/51, acervo Tate Gallery

                                                  Garota com um gatinho
Outro retrato de Kathleen, onde ela segura, muito tensa, o animalzinho pelo pescoço, com as juntas dos dedos muito proeminentes, parecendo que vai estrangular o gato sem se preocupar com isso. O apelido de Kathleen era Kitty, que em inglês significa gatinho e aí residem as dúvidas quanto à imagem de sua mulher que o pintor quis repassar para a tela. A mulher olha para o vazio com expressão pensativa, enquanto o bicho olha diretamente para o espectador.
Óleo sobre tela 41 cm x 30 cm 1947, acervo Tate Gallery

                                                   A mãe do pintor IV

Óleo sobre tela, 1973, acervo Tate Gallery

                            Autorretrato, 1985, acervo National Portrait Gallery, Londres

Os retratos foram centrais na obra de Lucian Freud. Eis o que ele disse a respeito:
"Sempre quis criar atmosfera em meus quadros, eis porque pinto pessoas. São as pessoas e suas emoções que tornam a pintura dramática, desde sempre. O mais simples dos gestos humanos nos conta muitas histórias". 


Nenhum comentário:

Postar um comentário