SINTO VERGONHA - Anhangüera
Anhangüera
Sinto vergonha quando abro o jornal e vejo a notícia de que a CPI da PETROBRAS foi raptada, substituída por uma cpi genérica. Quem já leu a Constituição, ou pelo menos a parte que trata de CPIs, sabe que um Comissão Parlamentar de Inquérito é constituída para investigar um ASSUNTO ESPECÍFICO. A petição de instalação dessa CPI foi para investigar o sumiço, dentre outras coisas, de 200 (DUZENTOS!) BILHÕES no valor da empresa brasileira. E ratos* introduzem no pedido da CPI patifarias diversas, para desviar a atenção.
Por que não pediram CPIs específicas para essas outras roubalheiras, se sabiam delas? Se não haviam indícios de pilantragens antes, por que teriam passado a existir agora? Patifes! Sinto vergonha ao perceber que tudo se articula entre os excelentíssimos (vendilhões) representantes do povo com o objetivo de proteger a rainha e seu repulsivo rei, responsáveis pelos ratos que roeram os recursos de nossa maior empresa.
Sinto vergonha quando um rato* cogita de renúncia à mandato e afirma “estar convencido de sua inocência”! Se é inocente – seja macho e enfrente tudo e todos os que o acusam, calhorda! Vá de peito aberto e processe os acusadores! Não levantaste a mão fechada na presença de um Ministro – de quem tinhas a certeza que não te espancaria? Enfrente-o agora, defendido por tua pretensa inocência! Como inocente? Vais negar fatos que já estão provados?
Sinto vergonha ao ver tanta gente enganada. Sinto vergonha quando tenho notícia de uma cidade pequena no interior de Pernambuco, onde todos (TODOS) os habitantes dizem que não votariam na dama da periquita de aço jamais – a não ser que essa fosse a ordem do sapo barbudo! Que povo é esse, que lavagem mental foi feita nessa gente? Reconhecem que existe roubo escancarado, mas sentem pena do ladrão? Continuam passando fome e sede, são testemunhas de que NENHUMA das promessas que ouviram foram cumpridas e votarão nos mesmos falsários – DE NOVO? Sinto vergonha de fazer parte de tal povo!
*Há ratos que tem orgulho de ser ratos. Há ratos que deixam rastros ao propor uma ratonice, desde que entrem na razia. Há ratos que, já tendo renunciado a mandatos por serem ratos reconhecidos, aceitam roteiros de outros ratos e encaminham seus reptos. E há ratos que formam maioria e – mesmo em votações abertas – escondidos por trás da imensa rataria, aprovam a ratada.
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