sábado, 12 de abril de 2014

Renan e Michel brigam pelo PMDB - JORGE MORENO


Nhenhenhém De Brasília


Foi só o vice Michel Temer ir ali a Nova York, representar a presidente Dilma, para o PMDB do Senado (leia-se Renan Calheiros ) tomar de assalto o partido. Aproveitando-se das confusões do “Coisa-Ruim”, que mostram um Congresso sem liderança, sem rumo e com má fama, Renan cantou de galo, criando a famosa “CPI x-tudo”, que desagrada ao Palácio e à oposição ao mesmo tempo, já que não há instituição pública que resista a uma devassa. Quando Michel voltou, até a vaga para indicar ministro do TCU já estava nas mãos de Renan Calheiros. 

A verdade é que Renan e Michel nunca se toleraram. Os dois lutam pelo comando do PMDB, a maioria dele hoje nas mãos do “Coisa-Ruim”. Por isso, o vice não pode romper publicamente com o “Coisa”. Precisa do famigerado para se proteger do PMDB do Senado. 

Aí, a origem do problema: Dilma desconfia das tímidas reações de Michel contra o “Coisa-Ruim”.
Fios de ouro

Eu não queria estar na pele daquele cirurgião de Recife que implanta cabelos em políticos.

Pelo prontuário da maioria dos seus pacientes, vê-se que ele só deve receber em dólares, de origens não muito sadias.

Até porque paciente bom não vai a médico.

Sansões
Suspeita-se até que o médico deve usar algum tipo de adubo para fazer crescer rapidamente os cabelos, que funcionam como uma espécie de Viagra para os egos dos pacientes: todos se transformam em verdadeiros Sansões, loucos para derrubar as torres dos templos dos poderes. 

Cabeleiras
Vejam só alguns dos famosos pacientes do médico no Congresso: Renan, “Coisa-Ruim”, Henrique Alves e Gim Argello.

Fundos partidários

Lembrem-se que o PT já expulsou deputados que votaram em Tancredo e ameaçou fazer o mesmo com quem assinasse a Constituição de 88. 

Por que então, agora, o partido recusa-se a expulsar o deputado André Vargas?

É que Vargas disputou e ganhou a eleição de vice-presidente da Câmara contra Paulo Teixeira, prometendo mundos e fundos para seus eleitores.

E ameaça divulgar os mundos e, principalmente, fundos com os quais comprou alguns votos da sua própria bancada. 

Trio fantástico

Quem é leitor desta coluna sabe que sempre denunciamos as ligações do “Coisa-Ruim” com setores do PT, via André Vargas e Vaccarezza.

E Vaccarezza, o rei da esperteza, deve estar com as barbas de molho.

Único?
Não estou acusando ninguém, mas, se os três citados formavam um trio, por que será que apenas dois agiam fora do eixo, e outro, no caso o Vaccarezza, era o agente do bem? 


Love

Até o ministro da Aviação, Moreira Franco, o maior avaro de elogios da política brasileira, anda falando bem da gestão de Mercadante como ministro da Casa Civil. O prefeito Eduardo Paes foi às nuvens quando Mercadante, depois de uma audiência, levou-o de surpresa a Dilma. 

Bem feito!

A sorte do país é que o “Coisa-Ruim” ganha muito, mas não ganha todas.

Perdeu na criação do blocão, na indicação dos ministros do Turismo e da Agricultura, e no Marco Civil da Internet. 

Exceção

Amigos do ex-ministro Zé Dirceu estão preocupados com o seu abatimento psicológico, diante da demora da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal de fazer prevalecer o direito de regime semiaberto da sua prisão.

Alguns petistas articulam a ida dos integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara à penitenciária da Papuda para vistoriar as condições em que se encontra Zé Dirceu. Os advogados do réu já estão atuando junto à VEP, cobrando motivos da demora na liberação do pedido de Zé Dirceu para trabalhar no escritório do advogado José Grossi. 

Para os amigos, a demora deve-se às especulações de supostos privilégios a Zé Dirceu, coisa que, pelo menos garantem, nunca aconteceu.

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