22/02/2013
Magu
Esta história é contada no Museu do Homem do Nordeste, em Recife, PE. Vamos pedir ao nosso colaborador Marc Aubert, que mora não muito longe, para tentar confirmar:
“Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo de cana de açucar em um tacho e levam ao fogo.
Esta história é contada no Museu do Homem do Nordeste, em Recife, PE. Vamos pedir ao nosso colaborador Marc Aubert, que mora não muito longe, para tentar confirmar:
“Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo de cana de açucar em um tacho e levam ao fogo.
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. A saida que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo, porque tinha fermentado. Não pensaram duas vezes. Misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. O azedo do melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formou goteiras no teto do engenho, que pingavam constantemente. Era a cachaça, já formada, que pingava. Daí o nome pinga. Quando a pinga batia em suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores, ardia muito. Por isso deram o nome de água-ardente. Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. Então, sempre que queriam ficar alegres, repetiam o processo. Com o tempo, a fabricação da cachaça foi sendo aprimorada e caiu no gosto da população em geral. Hoje em dia é artigo de exportação”.
“Se non è vero, è ben trovato.” (Se não é verdade é bem contado)
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