fonte: Lugar Certo
Representantes do setor cobram do governo um posicionamento mais objetivo que realmente assegure a implantação de mais uma etapa do programa
Desde que a presidente Dilma Rousseff anunciou uma possívelterceira fase do Minha Casa, Minha Vida – durante uma cerimônia de entrega unidades habitacionais no município de Vitória da Conquista (BA) – representantes e empresários do setor exigem informações detalhadas sobre o assunto. Em recente reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar de temas para o segmento cobram um posicionamento oficial sobre a efetivação da terceira fase do programa. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Simão, a indústria da construção quer “sinais claros” do lançamento dessa nova fase.
“Precisamos de sinal muito forte da presidente Dilma Rousseff que Minha Casa 3 está na forma”, afirmou Simão. Segundo o presidente da CBIC, o programa é hoje um projeto de governo, e deveria ser de Estado, para “garantir continuidade”. Em conversa com jornalistas após encontro com o ministro da Fazenda, Simão acrescentou que o ciclo de construção é longo e precisa antever o cenário para fazer investimentos adequados. “O setor trabalha com sinais de dois, três anos”, disse.
Criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o segundo mandato, o programa Minha Casa, Minha Vida alcançou 1,32 milhão de moradias entregues até agosto de 2013. Os dados são do oitavo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e refletem o otimismo dos representantes do setor. Durante evento de entrega de moradias no Rio de Janeiro, em julho desse ano, a presidente Dilma Rousseff enfatizou: “toda casa, para ser construída, precisa de cimento, tijolo, areia, fios, torneiras, cerâmica, tinta e outros materiais. Para fornecer esses materiais, as indústrias de todo o país têm de contratar mais trabalhadores e aumentar a produção de suas fábricas. Minha Casa Minha Vida ajuda toda a população do Brasil, porque faz a roda da economia brasileira girar”, destacou.
Mais de 4,6 milhões de brasileiros foram beneficiados com a construção de habitações, desde o início do programa. Mas os empresários do setor querem medidas que ajudem a impulsionar o segmento. Um estudo da Cbic intitulado: “Principais Barreiras Regulatórias e Burocráticas no Desenvolvimento do Setor Imobiliário Brasileiro”. O levantamento identificou os gargalos para os custos da habitação e constatou que 9% do preço das unidades habitacionais do país, em média, é fruto do excesso de burocracia contido em todas as etapas de produção. Os dados também foram apresentados para o ministro Guido Mantega e pretendem servir de informações para municiar o governo nas metas de desenvolvimento do setor.
Com informações da Cbic
Fonte: Lugar Certo
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