07/11/2013
Desde o nascedouro do mundo a vaidade dos homens é algo no mínimo curioso de se ver e por vezes apreciar para tentar buscar um entendimento do que as pessoas realmente entendem por vaidade.
Desconsiderando o contexto religioso e longe de admitir o real sentido da palavra questiono diariamente o que vem a ser vaidade?
Há quem diga que é uma das formas necessárias para elevar a auto estima, deixando sempre em condições de favorecimento pessoal. Ou quem sabe seria a maneira de deixar claro o interesse em demonstrar à outros que está bem, mesmo não estando.
Contudo, particularmente creio que vaidade não tem relação direta com auto estima e menos ainda com favorecimento pessoal.
Em várias circunstâncias é possível reconhecer que a vaidade encontra relação direta com o orgulho e a soberba.
A pessoa envolvida pelo manto real da vaidade tem a necessidade de demonstrar para outras pessoas uma beleza que gera admiração. O interesse reside em estar bem para os outros, o objetivo central de tanta beleza ou atos admiráveis está em ser contemplada e engrandecida.
Na mitologia, Narciso desponta como aquele herói de um território grego que detinha a auto admiração e por sua beleza e orgulho era considerado como famoso, contudo, tinha sua vida condicionada a nunca poder contemplar sua própria figura. Ao deparar-se com sua imagem diante de um espelho, ali mesmo ficou aprisionado. Por esse motivo há quem utilize a Narciso como figura mítica capaz de demonstrar a vaidade imbuída na própria aparência visual.
Uma pessoa considerada vaidosa, e que desconsidera valores morais, pode utilizar de sua beleza para alcançar objetivos próprios lícitos ou ilícitos, contudo, sem outro atrativo senão por sua beleza. Outros, porém, apesar de vaidosos, alcançam com a beleza e de forma natural e simples, objetivos profissionais com sucesso por vezes satisfatórios.
A característica primordial da vaidade está no que é vão, que não possui conteúdo e se baseia em uma falsa aparência para obter garantias, promessas ou mesmo o simples glamour.
A vaidade também pode repousar em atributos intelectuais onde a pessoa demonstra seus conhecimentos e habilidades com o intuito de angariar a atração de outras pessoas, ainda assim, essa pessoa está presa a necessidade constante da busca de conhecimentos o que também pode ser positivo ou negativo.
O vaidoso ou vaidosa que busca benefícios próprios ou para terceiros, acompanhados de valores morais ou ainda coberto por interesses escusos, certamente definhará quando sua fonte de vaidade definhar com o tempo.
O mundo está firmado em vaidades fúteis e sem complementos. A própria sociedade cobra das mulheres e homens aparências vinculadas a uma beleza efêmera que ao final torna seus detentores incapazes de realizar qualquer outra atividade que preencha o vazio que a vaidade perpetrou.
Fato é que todo ser humano traz em sua bagagem genética ou não alguma forma de vaidade o que resta saber é se e como e feito o uso desse recurso.
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