| fonte: Lugar Certo
Proposta discutida em audiência pública permite a quem ocupar por mais de cinco anos empreendimentos financiados originalmente pela Caixa possa pagar e ter a posse do patrimônio

Para os técnicos do evento, o projeto de lei poderá estimular o crescimento no número de invasões de imóveis
O superintendente Nacional do Programa Minha Casa, Minha Vida da Caixa Econômica Federal, Roberto Carlos Ceratto, afirmou que o projeto vai estimular as invasões de imóveis. A grande preocupação, até pelo volume de moradias que está se produzindo no Programa Minha Casa, Minha Vida, é que essa legalização incentive a invasão de empreendimentos que estão em produção destinados para as pessoas que seguiram o rito da lei, fez a inscrição, atendeu aos critérios: mulher chefe de família, morador de área de risco, ou pessoa com deficiência.”
O projeto diz que a Caixa não poderá exigir comprovação de renda ou qualquer outra garantia que não seja a do próprio imóvel, para financiar a moradia invadida. O consultor Legislativo da Câmara Eduardo da Costa diz que isso é ilegal. “É o desconhecimento de um princípio fundamental, vamos chamar assim, do Sistema Financeiro Habitacional como um todo, que é fazer com que as vendas das unidades nesse sistema sejam amparadas em capacidade financeira ou renda familiar”, esclareceu.
Aprovação
Apesar das críticas, o relator do projeto, deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), recomendou a aprovação da proposta. “Eu entendo que, quando o deputado Eduardo Cunha fez o projeto ele não estava pensando no Minha Casa, Minha Vida. Era coisa que estava, diz ele, cinco anos ocupada. Cinco anos ocupado, eu acho que é porque não vai sair mais”, afirmou.
Na avaliação de Flaviano, a intenção não é beneficiar apenas quem já está ocupando o imóvel, mas também preservar o patrimônio público. “A Caixa vai receber e esse dinheiro é empréstimo que a Caixa utiliza. A solução será feita da forma correta: pagamento por quem está lá morando”, alegou.
Depois de ser votado na Comissão de Desenvolvimento Urbano, o projeto que garante financiamento integral da Caixa Econômica Federal para a venda de imóveis invadidos ainda precisa ser analisado por mais duas comissões.
Fonte: Lugar Certo
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