terça-feira, 24 de setembro de 2013

Reformas: Processo de retrofit renova a infraestrutura de imóveis antigos


Técnica é utilizada na reforma de prédios mais velhos, mantendo a segurança do edifício e sua valorização

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Este prédio na Savassi passou pelo processo de retrofit e teve a estrutura totalmente atualizada
Reformar prédios antigos de forma a modernizá-los e aumentar a vida útil desses imóveis. Assim consiste a técnica retrofit, usada para fazer intervenções arquitetônicas em uma edificação, de modo a modernizar toda a sua infraestrutura. Realizada em áreas comuns de prédios, como hall, elevadores, fachadas, sistemas de climatização, elétricos, entre outros, o objetivo é deixar aquela estrutura com uma tecnologia mais avançada e segura.
Em países europeus, por exemplo, a técnica é bastante usada devido à grande quantidade de conjuntos arquitetônicos antigos. Já no Brasil ela ainda está em ascensão. “O retrofit nada mais é do que a reforma de prédios antigos que estão desatualizados e com problemas de construção, de forma a deixá-los totalmente renovados”, define a engenheira especialista em projetos e diretora do escritório Izabel Souki Engenharia e Projeto, Izabel Souki.
A diferença do retrofit para uma reforma comum é que na primeira toda a infraestrutura do prédio passa por reformulações, enquanto que na segunda normalmente são intervenções isoladas. “Você aproveita toda a estrutura do prédio, mas refaz a parte de infraestrutura elétrica, hidráulica e outras para adequar a um novo uso. É isso o que difere a técnica do retrofit para uma reforma comum”, explica o arquiteto e diretor da Torres Miranda Escritório de Arquitetura, Maurício Miranda.
Antes de realizar um retrofit é feita uma prospecção do imóvel para fazer um levantamento de como ele está e detectar toda a parte de infraestrutura existente. “Vê-se o que dá para aproveitar e quais são as possibilidades. Depois propõe um projeto de arquitetura para, enfim, partir para a execução”, diz Maurício.
FACHADA HARMÔNICA
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A design de interiores Cícera Gontijo realizou o projeto para a reforma do prédio do Banco Intermedium, com revestimento paralelo à estrutura existente
Há três anos, a design de interiores Cícera Gontijo realizou o projeto para a reforma do prédio do Banco Intermedium, no Lourdes, em Belo Horizonte. Segundo ela, a ideia dos proprietários era de aproveitar a edificação, o que se tornou necessário no decorrer do processo devido às Leis de Ocupação de Uso do Solo, que não permitiam alterações na altura e na volumetria (toda a forma do imóvel) do prédio. “Fiz um revestimento paralelo às estruturas existentes. Já no caso das janelas, por exemplo, mantive as esquadrias e não mexi para que pudesse ter uma fachada harmônica. Então, usei o artifício de brise, com a instalação de lâminas de alumínio com espaçamento entre elas, permitindo a ventilação e a luminosidade. Assim, todas as extensões de esquadrias existentes foram cobertas de forma que você não vê a janela. Foi uma forma, dentro do retrofit, de colocar essa nova imagem do prédio”, exemplifica.
Além de preservar um prédio que pode ser considerado como patrimônio cultural, o retrofit auxilia na valorização do imóvel. “Hoje, Belo Horizonte é uma cidade saturada em termos de território. Se você tem um bom imóvel em um bom um lugar, por que não aplicar a técnica de retrofit e valorizá-lo? Com isso, você valoriza o imóvel e garante a segurança da infraestrutura dele”, afirma o arquiteto Maurício Miranda.
Fonte: Lugar Certo

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