terça-feira, 24 de setembro de 2013
I
O presidente americano Barack Obama afirmou nesta segunda-feira que fornecerá todo o apoio necessário para auxiliar as autoridades quenianas a descobrir a identidade dos terroristas que deixaram ao menos 62 mortos no shopping Westgate, em Nairóbi, no sábado. Há a suspeita da participação de americanos no atentado. “Estamos cooperando da forma que podemos para lidar com essa situação que chocou o mundo. Forneceremos ao Quênia todo o apoio que eles necessitarem durante as investigações”, disse Obama, que é filho de pai muçulmano, justamente do Quênia. O shopping atacado é de propriedade de investidores israelenses. E foram militares israelenses que deram combate aos terroristas encastelados dentro do shopping. O FBI lançou uma investigação para apurar a ligação de terroristas com comunidades somalis localizadas nos estados de Minnesota e Maine. As suspeitas foram levantadas após fontes da milícia dizerem à emissora CNN que três integrantes que participaram da invasão ao shopping viveram nos Estados Unidos. Registros antigos também apontam que a organização terrorista já tinha recrutado cidadãos americanos de Minneapolis, onde moram 32 000 dos 100 000 somalis que fugiram da guerra civil no país africano. Washington, por enquanto, segue afirmando que não possui nenhuma prova concreta de que americanos perpetraram o ataque. “Não temos indícios que possam definir a nacionalidade ou identidade dos terroristas”, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos. As autoridades quenianas, contudo, alegam que os extremistas do Al Shabab possuem diferentes nacionalidades. “Temos uma ideia de quem são essas pessoas e eles são claramente um grupo multinacional de toda a parte do mundo”, afirmou o chefe de defesa do Quênia, general Julius Karangi. Pelo menos dez suspeitos de envolvimento no atentado foram presos na segunda-feira, mas detalhes não foram divulgados pelas autoridades. O estreitamento de laços entre os extremistas do Al Shabab e cidadãos americanos não é novidade. É possível identificar na lista dos terroristas mais procurados do FBI ao menos dois homens que abandonaram os Estados Unidos para integrar a luta armada do grupo terrorista contra o governo somali. Recentemente, testemunhas disseram que um dos americanos listados, Omar Shafik Hammami, foi morto por militantes do Al Shabab em um vilarejo localizado ao sul de Mogadíscio, capital da Somália. Hammami, de 29 anos, teria sido perseguido após deserdar do grupo.
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