sexta-feira, 5 de julho de 2013

O lar de Helena Rizzo e Daniel Redondo


Casal de chefs do Maní monta recanto despojado

05/07/2013 | POR ALEXANDRA FORBES; PRODUÇÃO ANA MONTENEGRO; FOTOS GUI GOMES

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  (Foto: Gui Gomes)
Perto de seu marido, Daniel Redondo, parceiríssimo de trabalho no Maní, Helena Rizzo pode até parecer extrovertida. Mas, como ele, a gaúcha faz a linha low profile. “Ah, vocês vão querer mesmo fotografar? Não tem nada para mostrar aqui”, diz, com sua habitual reserva, enquanto oferece um curto tour pela despojada sala de estar. Juntos, Helena e Daniel criaram seu refúgio particular a poucos metros do restaurante que comandam, no Jardim Paulistano, em São Paulo, recentemente incluído no seleto grupo dos 50 melhores do mundo pela revista inglesa Restaurant, que o classificou em 46º lugar.
Sempre superocupados, os dois se revezam na cozinha do Maní, onde passam muitas e muitas horas se dedicando a manter o restaurante no altíssimo nível a que chegou. Badalam pouco e, quando podem, correm para casa no meio do dia – as fugidinhas, providenciais, são usadas para sestas vespertinas, ouvir música e ler. “Desde que nos mudamos de um apartamento para cá, eu nunca mais mexi na casa, ficou tudo do mesmo jeito”, conta ela. Um jeito alegre, colorido e misturado, em que peças de família garantem o tom acolhedor da decoração.
  (Foto: Gui Gomes)
Helena vem de uma família de artistas. A mãe, Ivone Rizzo Bins, pintou o tríptico que pende acima do sofá. A avó paterna compôs o poema que ladeia a porta de entrada, publicado há anos no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre – e o avô fez a ilustração que o acompanha. Donos de um antiquário na capital gaúcha, eles presentearam à neta o belo aparador que dá as boas-vindas a quem chega e o grande armário da sala de jantar, entre outras peças. O pai, que ela define como “engenheiro, arquiteto e artesão”, fez com as próprias mãos os abajures da suíte do casal e a mesa de centro com tampo de vidro da sala.

No pequeno pátio à frente da casa, a dupla plantou ervas e verduras, inclusive o manjericão cujas florzinhas são usadas em pratos do Maní. Mas a eles aplica-se o ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”: a cozinha é minúscula, e o tempo, apertado. Quando ela não prepara uma massa (“pedida simples e rápida”), os dois acabam comendo no restaurante, com os funcionários. E está bom assim: para Helena e Daniel, casa é lugar de descanso. “Um sofá confortável para assistir a um filme e ouvir música, uma cama gostosa e está ótimo”, garante ela. Ah, os pequenos prazeres da vida...
Daniel deixou Girona, ao norte de Barcelona (onde conheceu a mulher, na cozinha do célebre restaurante El Celler de Can Roca) para abrir, com Helena, o Maní. Na mala vieram a bicicleta dobrável, uma camisa do amado Real Madrid, devidamente autografada por Ronaldo Fenômeno e emoldurada, e pouco mais. “Eu já tinha o principal, então saímos juntos e, de uma vez só, compramos o que faltava: cadeiras, o sofá e um móvel para a TV”, lembra Helena, que ganhou do marido o toca-discos de ar retrô, disposto ao lado dos CDs. Aqui e ali, objetos revelam mais detalhes da história e da personalidade do casal. O enorme tecido com estampa de batique que decora a parede atrás da cama, por exemplo, foi comprado em um antiquário no Japão. E foi de Daniel a ideia de pendurar pôsteres de cinema e uma foto do ator Robert de Niro no living. “Ele é louco pelo de Niro”, conta a chef.
* Matéria publicada em Casa Vogue #335 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
  (Foto: Gui Gomes)

  (Foto: Gui Gomes)

  (Foto: Gui Gomes)

  (Foto: Gui Gomes)

  (Foto: Gui Gomes)

  (Foto: Gui Gomes)

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