quinta-feira, 23 de maio de 2013

Posição em favor do terrorista Battisti é, a meu ver, mancha no currículo do novo ministro do Supremo



O site de VEJA publicou as primeiras repercussões sobre o nome que a presidente Dilma vai indicar ao Senado para integrar o Supremo Tribunal Federal. Vejam em seguida, e depois minha opinião:
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) elogiaram a escolha do advogado Luís Roberto Barroso para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Carlos Ayres Britto, que se aposentou em novembro. A escolha de Barroso foi anunciada nesta quinta-feira pela Presidência.
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou, durante um intervalo de uma sessão, que considera Barroso uma escolha “excelente”. “Não só pelas qualidades técnicas, como pessoa, mas também pelo fato de que somos colegas da Universidade do Rio de Janeiro”, disse o presidente à Agência Brasil.
Já o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que o advogado “será recebido de braços abertos como um grande estudioso do direito, um profissional digno de elogios”.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também elogiou a escolha de Barroso. “É um jurista consagrado e que certamente trará ao Supremo uma preciosa e valiosa contribuição”.Gurgel disse que o advogado poderá participar do julgamento dos recursos do processo do mensalão caso se considere preparado.
“Na verdade o julgamento dos embargos é um novo julgamento. A princípio não há dificuldade”, disse Gurgel. O novo ministro deverá ser sabatinado pelo Senado antes de ser empossado no STF.
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Meu colega e amigo Reinaldo Azevedo lembrou, hoje, que, como advogado, Barroso atuou em favor da pesquisa com células-tronco embrionárias, união civil de homossexuais e do aborto de anencéfalos.
Ele acha isso ruim.
Como, aqui em VEJA, vivemos em uma democracia, minha opinião é oposta à dele: que bom que é termos no Supremo um ministro aberto para essas questões contemporâneas.
Do que não gosto nem um pouco é o fato, também ressaltado pelo Reinaldo, de o ministro ter atuado em favor do terrorista italiano Cesare Battisti junto ao Supremo. Assassino confesso, procurado por seus crimes pela Justiça de um país democrático e amigo do Brasil como é o caso da Itália, até hoje não me conformo com sua acolhida no Florão da América, como se esse criminoso estivesse sofrendo, na Itália, perseguição política de parte de  um regime autoritário.
Essa decisão cobriu o país de vergonha, nos transformou em uma República de bananas e ter no Supremo alguém que não apenas considera correto o resultado final como também lutou por ele, a meu ver, não engrandece o tribunal.
Especula-se sobre como Barroso atuará no julgamento do mensalão — até o procurador-geral da República, naturalmente instigado por jornalistas, acabou colocando sua colher no assunto.
Não tenho a mais remota ideia. Para mim, o que pesa, no nome de Barroso, é sua postura em favor de Battisti. Para mim, uma mancha no currículo.

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