Tendência forte do mercado imobiliário, especialmente nas grandes cidades, os chamados micro-apartamentos têm chamado a atenção de moradores e investidores do setor. Segundo levantamento da BBC Brasil, realizado pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), só no ano de 2012 foram lançados 2.818 unidades residenciais com menos de 35m², localizados na cidade de São Paulo.
Os números mostram um aumento superior a 16 vezes, se comparado aos imóveis com poucas dimensões lançados no ano de 2008 (um total de, apenas, 169 unidades). O período, portanto, sofreu uma verdadeira revolução na área da construção, passando de apartamentos de três e dois dormitórios, para imóveis compactos.
Entre as justificativas para o aumento dessa tendência, podem estar desde mudanças sociais e demográficas, até uma nova postura por parte do público consumidor. Por exemplo, a redução no tamanho das famílias, o aumento no número de solteiros e estudantes vivendo sozinhos e, até mesmo, a expectativa de vida mais elevada da população (resultando em mais idosos morando sozinhos) são fatores relevantes para essa mudança no perfil do mercado imobiliária.
Outro ponto a ser considerado está na escassez de grandes terrenos disponíveis para construção e, também, na valorização das unidades – principalmente as situadas em grandes centros urbanos. A consequência desse cenário é a pouca oferta de imóveis e ainda, de casas e apartamentos à venda com preços mais elevados, devido à crescente demanda em determinadas regiões.
A solução para esse dilema passa a ser investir, justamente, em imóveis com menos de 35m². Vale ressaltar que os chamados micro-apartamentos tendem a investir fortemente em opções diversificadas de infraestrutura e lazer, a fim de proporcionar mais comodidade e conforto para seus moradores.
A tendência ganhou apreciadores não só no Brasil, mas também nas mais diversas partes do mundo, destacando mercados como o do Japão, EUA, Canadá e Grã-Bretanha. Lá, os apartamentos reduzidos já fazem sucesso entre moradores, investidores e, também, entre decoradores, que se aproveitam do segmento para divulgar seus serviços de decoração especializada para espaços pequenos.
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