01/03/2013
Magu
Este ano de 2013, março terá 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos. Este fato acontece somente a cada 823 anos e é chamado o do saco de dinheiro. Quem mandar a página de março do calendário para amigos, em 4 dias receberá dinheiro, segundo a fórmula chinesa do Feng Shui (lê-se Fong Chuei). Em todo caso, como quase todos os leitores do blog são meus amigos, estou fazendo a minha parte e espero que o din din que venha seja alto (risos espalhafatosos).
Este é um mês bastante particular, senão vejamos: O mês de março, no calendário romano, era dedicado ao deus da guerra, Marte. Todavia tornou-se famoso porque, nos seus idos (dia 15), no ano de 44 a.C, foi assassinado o general e imperador romano Júlio César.
O fato criou uma expressão em voga até hoje, como uma advertência dita por um advinho cego, Spurinna, ao imperador: “César, tem cuidado com os idos de Março!”, que constitui um aviso a todos aos líderes atuais da fragilidade e efemeridade do poder, bem como da sua própria existência. César havia terminado com a oligarquia senatorial que dominava o império, com isso criado ódios. Os rumores de conspiração já percorriam Roma há várias semanas, e no entanto César mantém-se surdo a Marco Antonio e a Calpurnia, sua mulher, que o aconselham repetidamente a se fazer acompanhar dum grupo de guarda costas: ”Não temos nada a temer a não ser o próprio medo”, respondia ele. Na conspiração entram mais de 30 senadores, que são liderados por quatro homens, alguns deles dos mais antigos apoiadores de César: Decimus Junius Brutus Albinus e Gaius Trebonius, estes generais das campanhas das Gálias; Gaius Cassius Longinus, senador rebelde que foi perdoado, e Marcus Junius Brutus, amigo e, segundo alguns rumores, filho de César. César viria a cair sobre as punhaladas dos assassinos, na cúria do Senado Romano, onde são pronunciadas as famosas palavras: Até tu, Brutus, meu filho! Num último ato de coragem, dignidade e orgulho, César cobre-se com a toga antes de morrer, privando os assassinos da imagem do seu corpo sem vida. No entanto, o triunfo dos conspiradores é de breve duração: em pouco tempo rebenta a guerra civil e o mundo romano divide-se em dois: dum lado está o ocidente, o povo e os veteranos de César, sedentos por vingança, comandados por Marco Antonio e Octávio, filho adotivo de César; do outro lado está o Oriente, a velha nobreza romana, e os veteranos de Pompeu, que já havia morrido, todos comandados por Marcus Brutus e Cassius. Em menos de dois anos as forças dos conspiradores estariam destruídas, e todos os seus líderes mortos, muitos deles com o próprio punhal que tinham utilizado para matar César. Os romanos gostavam de vingança poética.
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