Ao tocares o troféu
logo o brilho se azinhavra.
Sequestrasses uma estrela
e terias entre os dedos
um arcabouço de lata.
Tira do castelo o amado
perderá coroa e cetro.
Melhor deixar o troféu
nas prateleiras do Olimpo.
Fique a estrela na galáxia.
Em nuvens se hospede o amado.
Qualquer vizinhança avilta
e apodrece os objetos.
Com divino, o longínquo
tem parte. Só o impossível
partilha hálito celeste.
logo o brilho se azinhavra.
Sequestrasses uma estrela
e terias entre os dedos
um arcabouço de lata.
Tira do castelo o amado
perderá coroa e cetro.
Melhor deixar o troféu
nas prateleiras do Olimpo.
Fique a estrela na galáxia.
Em nuvens se hospede o amado.
Qualquer vizinhança avilta
e apodrece os objetos.
Com divino, o longínquo
tem parte. Só o impossível
partilha hálito celeste.
Astrid Cabral Felix de Sousa nasceu em Manaus no dia 25 de setembro de 1936. Além de poeta, é contista e professora. É formada em Letras Universidade Federal do Rio de Janeiro, em língua inglesa e em literatura norte-americana pelo Teacher's Training Course do IBEU. Ganhou o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras em 1987 com livro Lição de Alice. Ganhou o Prêmio Nacional de Poesia, também dado pela ABL, em 2004, com o livro Rasos d'água.
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