2 mil janelas trazem luz a loft industrial
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O fotógrafo Rob Brinson diz não se incomodar com o barulho dos 180 trens que passam diariamente na estrada de ferro atrás do seu estúdio. Por mais de 20 anos, ele foi o único a ocupar os quase 17 mil m² de uma fábrica do século 19 na área industrial de Atlanta, nos Estados Unidos. A situação só mudou em 2009, quando um amigo investiu no local e o transformou no centro cultural King Plow, que reúne galerias, ateliês, música e agências de propaganda e design, entre outros espaços artísticos.
Brinson resistiu tanto tempo à solidão graças aos quase 2 mil painéis de vidro que revestem seu loft e local de trabalho, uma antiga sala de fundição de 600 m² do prédio. A abundância da luz natural tem enorme influência no trabalho do fotógrafo, como também na amplidão do loft. Já as vigas de ferro, o forro de madeira no teto, os tijolos aparentes e o generoso pé-direito reforçam o aspecto industrial da decoração.
Sua atual mulher, a diretora criativa Jill Sharp Brinson, trocou os móveis antigos por peças garimpadas em brechós e antiquários do mundo todo. Na cozinha, o fogão foi comprado em Londres, e as pias, em uma loja à beira da estrada da cidade; no hall, os rebites da mesa francesa, construída a partir de um tanque de caldeira, combinam com o desenho do banco; e, no banheiro, os painéis de madeira vieram da Bélgica. No segundo andar, o casal criou um ambiente relaxante para hospedar amigos. Para quebrar a austeridade, eles usaram tons suaves de azul e branco e peças com formas orgânicas.
Mas Brinson também fez uma homenagem às suas origens: a sala onde ele mais gosta de fotografar teve os seus 80 m² revestidos com as tábuas de madeira de uma fábrica de tabaco de Nova York, cidade onde cresceu. Já o escritório realça as poltronas da década de 1950, que eram da sua mãe, a mesa de madeira, que era usada por seu pai, além das letras de ferro pregadas na parede que formam as iniciais do avô e do filho.
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