terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Caso Yaoni: senador Álvaro Dias considera conspiração do embaixador de Cuba “afronta à soberania nacional”



Álvaro Dias lembrou também que o embaixador de Cuba já participara de ato de solidariedade aos mensaleiros condenados pelo Supremo (Foto: Agência Senado)
Da Agência Senado
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediu, nesta terça-feira (19), que seja votado requerimento de sua autoria pedindo que os ministros das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, venham ao Senado Federal se posicionar sobre fato que o parlamentar considerou “uma afronta à soberania nacional”.
De acordo com Alvaro Dias, a imprensa brasileira denunciou que o embaixador de Cuba, Carlos Zamora, reuniu-se em Brasília com representantes de várias entidades, entre elas o PT, o PCdoB e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) [a agência Senado, aqui, se engana: não foi "a imprensa brasileira" quem denunciou a trama, masVEJA, em reportagem exclusiva, algo que o senador Álvaro Dias sabe perfeitamente] . O objetivo seria planejar a divulgação apócrifa, por meio de redes sociais, de um dossiê que desqualifica a blogueira cubana Yoani Sánchez, em visita ao Brasil.
Para o parlamentar, trata-se de uma interferência em assuntos de política interna do Brasil, em flagrante desrespeito à Convenção de Viena, que normatiza as atividades dos diplomatas.
O representante paranaense lembrou que, há algumas semanas, o embaixador da Venezuela, Maximilien Sánchez Averláiz, participou de encontro do Partido dos Trabalhadores em solidariedade aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal no caso do “mensalão”, em outro caso que seria uma ingerência em assuntos nacionais.
Alvaro Dias criticou o silêncio do governo brasileiro sobre o assunto. O senador enfatizou que a blogueira tem sido alvo de manifestações de protestos, que segundo ele “seguem à risca a estratégia urdida em Brasília, sob o comando do embaixador de Cuba”. Para o parlamentar, isso exige um pronunciamento do ministro das Relações Exteriores e do secretário-geral da Presidência, que teve um assessor presente ao encontro com o embaixador cubano.
– Manifestações podem ocorrer. Se elas ocorressem espontaneamente, não haveríamos de contestar. Estamos contestando e repudiando o modelo, o sistema, a estratégia adotada de afronta à soberania do nosso país – afirmou.

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