Augusto Nunes
Convocadas por stalinistas farofeiros do PT e revolucionários mequetrefes do PCdoB, patrulhas movidas a tubaína, mortadela e dez reais mostraram, no primeiro dia da visita de Yoani Sánchez, como funciona o “controle social da mídia”. Quem tem mais de três neurônios e alguma vergonha na cara sabe que a expressão recitada por órfãos do Muro de Berlim é mais um codinome da velha e sórdida censura. Mas não há limites para o cinismo: o companheiro Rui Falcão, campeão mundial de piscadas por minuto, não perde nenhuma chance de jurar que se trata da única fórmula capaz de garantir a liberdade de imprensa.
Conversa de comunista que não ousa confessar o que é, constata ocomentário de 1 minuto para o site de VEJA. Os manifestantes alugados para hostilizar a blogueira cubana obedeceram disciplinadamente aos mandamentos que orientam as tarefas de um controlador sociail da mídia. Um deles determina que só pode dizer o que pensa quem concorda com o partido no poder (ou com governantes amigos, caso o alvo do controle seja estrangeiro). Quem não aceita dizer amém o tempo deve exercer o sagrado e inalienável direito de calar a boca.
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