Não há meio termo. O tema educação ou é desprezado ou apaixona idealistas e ideológicos na política brasileira.
Talvez dos antigos nomes, os mais expressivos (e populares) sejam os dos educadores Anísio Teixeira e Paulo Freire. Dos políticos, o de Leonel Brizola e, atualmente, de Cristovam Buarque.
Mas não se pode ignorar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB ou “Lei Darcy Ribeiro” (seu relator) assinada em 1996, por Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Educação Paulo Renato.
Confirmou o direito universal à educação para todos, com ensino fundamental obrigatório e gratuito no país, além de trazer diversas mudanças importantes.
Entre as quais, determinar creches e pré-escolas como primeira etapa da educação básica infantil. Abordando também educação especial, carga horária, currículos, formação de profissionais, recursos financeiros etc. São dezenas de artigos.
Apesar disso, a educação é dinâmica. E, no momento, uma realidade preocupante é a estimativa de que 15,2 % das crianças brasileiras não estão plenamente alfabetizadas aos 8 anos. Elas apenas escrevem o próprio nome e leem algumas frases, sem conseguir se comunicar por escrito e entender o que está dito em um texto.
Com a matemática não é diferente. Não percebem sua aplicação no cotidiano. Uma das causas teria a ver com escolas e professores defasados em relação ao jeito de ensinar no mundo de hoje.
Animador saber que 34 universidades federais foram mobilizadas para treinar, em parceria com estados e municípios, 360 mil professores alfabetizadores. Eles terão formação continuada e direito a bolsa de R$ 150 mensais para participar do curso de capacitação. Os orientadores receberão R$ 750.
Haverá a compra de 60 milhões de livros didáticos para o uso na sala de aula. E ao final do ciclo, a realização de prova para avaliar o nível de alfabetização dos alunos. O governo promete premiar escolas e professores que obtiverem os melhores resultados. Mais de 5.200 municípios aderiram ao pacto.
Dilma sabe o poder revolucionário da educação. Que seja obsessiva. Porém, sem jamais deixar de afagar a democracia e a livre expressão.
Ateneia Feijó é jornalista
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