13/11/2012
Charge da fotomontagem de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Desde o momento em que o julgamento do mensalão passou a ser a vera, o terrorista, assaltante e corrupto José Dirceu de Oliveira e Silva, vulgo Pedro Caroço, na sua pretensão de onipotente, fez todas as merdas que tinha direito e até aquelas que não tinha direito. Negou a existência do mensalão, proclamou-se inocente, ofendeu juizes da corte suprema, comprou pelo menos um juiz do Supremo Tribunal Federal, para descarada e vergonhosamente defendê-lo, pregou a censura de imprensa, concitou à subversão e até apelou para o sentimentalismo barato, quando mando sua ex-mulher dizer que temia por ele, achando que, caso preso, ele se mataria.
Nada deu certo, o processo continuou andando e condenando o condenáveis. Ele levou tempo para perceber que não teria escapatória, só nesse domingo (11) entregou a rapadura e desanimadamente começou a fazer as contas de quantos anos ficaria atrás das grades, informando a seus familiares e amigos uma estimativa otimista: achando que sua pena seria elevada, mas que deveria cumprir pena, em regime fechado, de no máximo quatro anos de reclusão.
O sonho de Dirceu acabou nessa segunda feira (12), pois foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão. Pelo tamanho da pena ele terá que ir para a cadeira numa penitenciária tradicional.
O lado irônico dessa história e que deu origem à charge, aconteceu em 26 de abril de 2004. Na convenção do Partido dos Trabalhadores, que homologou a candidatura de Jorge Bittar à prefeitura do Rio de Janeiro, Dirceu, na época o poderoso ministro da Casa Civil, afirmou a Karine Rodrigues de “O Estado de São Paulo”: “Eu sei que todos que estão nesta convenção sabem que nós estamos mudando o Brasil. Primeiro porque acabou a corrupção no governo do Brasil. Depois de 16 meses de governo, não temos a notícia de um só ato de corrupção no governo. Mudamos o Brasil, porque garantimos as condições para a retomada do desenvolvimento”.
Já na época a firmação estava manca, haja vista que Dirceu fez questão de ignorar as acusações contra seu ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz.
Coma prisão de Dirceu, termina, para o bem do país, uma farsa que dura mais de 40 anos.
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