21/11/2012
Giulio Sanmartini
A coisa começou em 26 de maio de 2007, quando da revista Veja, noticiou que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL- foto), recebia recursos da empreiteira Mendes Junior, através do lobista Cláudio Gontijo, que pagava, em dinheiro vivo pensão para Mônica Veloso, com quem tinha uma filha fora do casamento. Eram R$ 4,5 mil de aluguel de um apartamento de quatro quartos em Brasília e mais a pensão mensal de R$ 12 mil.
Dois dias depois Renan da Tribuna do Senado pede perdão à família e desculpas ao lobista, pela exposição de seu nome.
Em 6 de junho daquele ano, o Conselho de Ética do Senado instala processo contra Renan por quebra de decoro parlamentar.
Passada uma semana, o primeiro relator do caso Renan, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) apresenta parecer no qual diz que não há provas contra o peemedebista e sugere o arquivamento do processo.
Revista “Veja” em 4/8 publica nova reportagem contra Renan na qual informa que o senador é sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. Ele teria usado laranjas e pago R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, parte em dólares, para virar sócio de duas emissoras de rádio em Alagoas, que valem cerca de R$ 2,5 milhões.
Mas numa vergonhosa manifestação de corporativismo, com votação a portas fechadas e secreta, seus colegas senadores o absolveram e ele continuou sentado na sua cadeira senatorial.
Passado 5 anos, como se nada tivesse havido, esse pulha está manobrando para voltar à presidência do Senado.
A grande sacanagem, está armada com a omissão da presidência da República. Renan ficou com o nome marcado, por isso não é o candidato preferido pelo Planalto, mas como ele ainda tem grande influência no PMDB, a “presidenta” resolveu não se envolver temendo que uma ação contra ele acabe produzindo seqüelas.
Entendo que o país esteja passando por uma fase de puro surrealismo, uma vez que o poder Executivo teme um comprovado corrupto. “Quosque Tandem…?” (Até quando?)
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