sexta-feira, 21 de setembro de 2012

NUNCA LEVE TRABALHO PARA CASA



Magu
Este é um caso sui generis, que me foi contado por um amigo, juiz cível aposentado, quando teve que julgar um caso de divórcio litigioso. Nomes são fictícios. A coisa tava ruim, o José já tinha enfiado muita porrada na mulher, que tinha ido parar no hospital.
Depois, na audiência, todo o caso veio à tona, com detalhes meio escabrosos mas, que no fim, graças à insistência dele, transformou-se em processo de divórcio consensual, porque ele convenceu as partes que assim o caso não teria exposição na mídia, etc. É o seguinte: José trabalhava em uma agência funerária, período noturno. Sua função era examinar detalhadamente os corpos antes de serem sepultados ou cremados. Quando chega na maca onde tinha um corpo com a etiqueta José Chagas, que estava para ser cremado, descobre que o defunto tem o maior caralho que já tinha visto na vida, e isso em estado de repouso. Sabem como são essas coisas, de trabalho solitário. Quase sempre se adquire o hábito de conversar com as coisas. José, então, conversa com o defunto.
– Desculpe, sr. Chagas, mas não posso mandá-lo para o crematório com essa coisa enorme. Ela merece ser conservada para a posteridade.
Com um bisturi, remove com cuidado o pinto do morto, guarda-o em um vidro comprido, com formol, tapa-o bem, e vai para casa, levando o pacote, porque não poderia deixá-lo na funerária. A primeira pessoa a quem mostra a monstruosidade é para sua mulher, dizendo:
– Carminha, tenho algo extraordinário e inacreditável para lhe mostrar. Nem vais acreditar!
Abre o pacote e exibe o frasco. Ao ver o conteúdo, a mulher grita, estarrecida:
– Oh, meu Deus, o Chagas morreu?

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