Uma queixa comum dos pais em relação aos filhos é a falta de responsabilidade deles com a escola. Por mais que falem e cobrem, eles pouco estudam ou fazem lição. O incômodo existe mesmo quando os resultados são positivos.
Por um lado, há a ideia do aluno perfeito, que faz as obrigações espontaneamente e estuda todos os dias, garantindo bom desempenho nas avaliações. Pelo outro, temos o aluno real, cujo aprender é cansativo e prefere, com certa frequência, brincar a ter que se debruçar sobre cadernos e livros. Nessa categoria, encontra-se a maior parte dos estudantes.
A responsabilidade é algo que se aprende, seja pelo exemplo dado pelos pais, seja pelo exercício. Uma das maneiras de ajudar os pequenos a desenvolverem esse aspecto é orientando-os para que se organizem.
Quando o ano letivo se inicia, alguns combinados podem ser feitos com as crianças possibilitando que deem conta das tarefas escolares. Além de combinar é necessário que sejam cobradas para que as sigam. Alguns pais estabelecem regras e as escrevem em cartazes coloridos, colocando-os sobre a escrivaninha. E só. Esperam que elas as sigam. As crianças estão se desenvolvendo e precisam dos adultos para que cumpram seus deveres.
Para tanto, é necessário acordar as regras de estudo com a criança – nem ela e nem os pais sozinhos devem decidir como serão. A participação delas garante a possibilidade de cobrança caso não cumpram, visto que as aceitaram. Já a dos pais, permite a dosagem certa do estudo. Algumas crianças se empolgam tanto no início do ano que se propõem a estudar três horas diárias, sendo que mal dão conta de uma. Ou o inverso, consideram meia hora o suficiente.
Como se dará a dedicação ao estudo dependerá de cada criança. Algumas gostam de chegar da escola e já estudar. Outras precisam de um tempo de descanso, para depois pegarem os livros. Têm aquelas que não conseguem se organizar sozinhas e precisam da presença do adulto. Cada criança é uma. Ao verificar como é seu filho, o melhor é esquecer a imagem do aluno ideal. É esse, de carne e osso, que importará para o estabelecimento de qualquer regra.
Às vezes, porém, esses combinados precisam ser revistos. O meio do ano, após cinco meses de estudo, é um bom momento para se fazer isso. As aulas estão para começar. É hora de sentar com o filho e ver como as coisas transcorreram até então. Fazer um balanço do que foi bom e daquilo que precisa ser melhorado.
Desta forma, ajudamos os pequenos a tomarem consciência de si próprios, exercitando pensar sobre sua pessoa, além de assinalar a possibilidade que sempre existe de mudarmos as coisas. Sem contar que estimulamos para que se organizem e tenham responsabilidade com os estudos, estando junto deles. Estudo é algo para ser levado a sério.
De certo modo, o segundo semestre é um recomeço. A maneira como iniciamos algo dá o tom de como será seu ritmo. Que todos comecem com o pé direito.
Boa volta às aulas!!!
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