CONEXÃO REPÓRTER
Por Thiago Forato em 01/05/2012 na edição 692
Instigante, provocador, profundo e essencialmente investigativo são algumas das características que definem o jornalista Roberto Cabrini e seu programa Conexão Repórter, que vai ao ar no SBT todas as quintas-feiras a partir da meia-noite. Cabrini voltou ao SBT em 2009, fruto de uma onda de ataques de Silvio Santos à Record depois da saída de seu pupilo, Gugu Liberato, para a emissora dos bispos. O jornalista teve uma missão: formatar um programa desde a estaca zero. Da concepção da ideia à realização do mesmo, Cabrini não se intimidou, conseguiu e vem fazendo seu trabalho muito bem feito.
Desde que estreou, o jornalístico e Cabrini colecionam êxitos como a instauração de três CPIs por conta de suas reportagens, além de diversos prêmios de jornalismo. A matéria que investigou casos de pedofilia dentro da Igreja Católica em Arapiraca (AL), por exemplo, obteve repercussão em todo o mundo e fez com que três sacerdotes fossem a julgamento e condenados posteriormente. Algumas mudanças de horários foram feitas ao longo desses dois anos de Conexão Repórter, mas parece que o SBT finalmente achou o espaço certo, onde a atração já chegou a ser líder na média, nas noites de quinta-feira, após o humorístico A Praça é Nossa.
Jornalismo verdade
Em suma, o Conexão Repórter nada mais que é o jornalismo na sua mais pura essência: fiscalizar o poder público e dar voz a quem não tem. Desde a semana passada, o Fantástico, da Globo, estava anunciando uma entrevista exclusiva com o padre Marcelo Rossi, que foi ao ar no domingo (29/4). Contudo, Cabrini mais uma vez furou seu concorrente, e além de conseguir uma entrevista com um dos religiosos mais influentes do país, arrancou revelações surpreendentes de seu entrevistado – como é de seu feitio –, que repercutiram na mídia, e envolve o uso de anabolizantes e de como se abster de seus desejos sexuais. A entrevista com o padre Marcelo Rossi foi ar no fim da última semana, pelo SBT Brasil.
Que o Conexão Repórter continue cumprindo seu papel, e que Roberto Cabrini com toda sua magnânima equipe, não sucumba aos obstáculos que sempre lhe serão impostos. Tudo em nome, do que ele mesmo chama, de jornalismo verdade, sua marca.
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[Thiago Forato é jornalista, Ribeirão Preto, SP]
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