No início deste mês o diplomata iraniano Hekmatollah Ghorbani foi denunciado por abusar sexualmente de crianças e adolescentes na piscina de um clube em Brasília. De acordo com relatos, ele acariciava as partes íntimas de meninos e meninas enquanto mergulhava.
Na semana passada, a embaixada do Irã na capital Federal, alegou apenas que as informações eram relacionadas a um “mal-entendido” e resultado de “diferenças culturais” entre iranianos e brasileiros. O porta-voz da Embaixada do Irã, Ramin Mehmanparast, rejeitou as denúncias definindo-as como “infundadas”. Segundo ele, as notícias sobre o episódio eram “falsas e irreais”. Porém, o governo brasileiro reagiu com veemência. Patriota determinou o envio de pedido de explicações ao governo do Irã.
Nesta quinta-feira 26, depois de uma conversa entre o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota e o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi houve uma mudança de posição do Irã em relação ao tema. Agora Salehi promete a Patriota investigar suspeito de pedofilia.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo o ministro Patriota irá interrogar pessoalmente o diplomata acusado.
Esse não é o único caso de representantes de outros países em Brasília envolvidos em polêmicas. Em dezembro do ano passado uma prostituta brasileira denunciou funcionários da embaixada americana por agressão. De acordo com o depoimento da garota de programa, ela teria sido agredida e atropelada em dezembro do ano passado por quatro funcionários da embaixada americana. Eles foram indiciados por lesão corporal e omissão de socorro. Os envolvidos foram afastados de suas funções e deixaram o Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores pediu ontem que a Embaixada dos EUA preste esclarecimentos sobre o caso.
De acordo com a Convenção de Viena, que data de 1961, diplomatas têm imunidade penal, civil e administrativa.
Com informações da AFP.
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