“Um abismo separa a qualidade de vida e a contribuição para o bem da Humanidade, produzidas pelos israelenses, quando comparadas com todos os países limítrofes”
POR OSIAS WURMAN
Este mês comemoramos a Independência do Estado de Israel. Passaram-se 69 anos, desde a concretização de um sonho milenar judaico, da criação do moderno Estado judeu.
O pai do sionismo político, Theodor Herzl, jornalista austríaco que, em 1897, presidiu o primeiro Congresso Sionista Mundial, em Basileia, Suíça, fez uma declaração aos participantes que ficou, até hoje, como uma mensagem de fé sobre a volta dos judeus a Sion: “Se quiserem, não será uma lenda”.
Jamais poderemos esquecer o papel fundamental do Brasil na Assembleia Geral da ONU, presidida pelo embaixador Oswaldo Aranha, quando foi aprovada a “Partilha da Palestina”.
A criação de Israel chegou atrasada pelo menos uma década. Tivesse existido um Estado judeu nos anos 30, e o Holocausto não teria acontecido. Dois terços dos judeus europeus não teriam sido assassinados, num total de seis milhões de pessoas inocentes, sendo 1,5 milhão de crianças.
Mas teriam sido os palestinos, que habitavam muitas das terras destinadas pela ONU ao Estado judeu, obrigados a sair de suas propriedades para dar lugar aos que chegavam? Certamente que não, e foram cerca de 650 mil os que se retiraram, atendendo ao chamamento dos governantes árabes para que viessem engrossar as forças que iriam invadir o novo Estado e “afogar os judeus no Mediterrâneo”.
Também não foram responsáveis pelos acontecimentos os 850 mil judeus que viviam, há séculos, nos países árabes da região, e que foram expulsos com apenas a roupa do corpo (violência promovida como retaliação após a criação do Estado de Israel).
Passadas quase sete décadas de existência, e o povo de Israel ainda não alcançou o seu mais desejado triunfo: viver em paz com seus primos e vizinhos.
O Estado judeu é hoje um país moderno, democrático e inovador. Um verdadeiro abismo separa a qualidade de vida e a contribuição para o bem da Humanidade, produzidas pelos israelenses, quando comparadas com todos os países limítrofes.
Das inovações tecnológicas às conquistas científicas, que vão desde o invento do pendrive até a dessalinização da água do mar para consumo doméstico, Israel tem se firmado como potencial produtor de qualidade de vida e avanços científicos em termos internacionais.
Nos últimos nove anos, fato que a mídia não divulgou, a ONG israelense Innovation Africa (www.innoafrica.org) transferiu tecnologia para uso da energia solar, construção de escolas e centros médicos, além de instalar equipamento para o bombeamento de água. Cem cidades, em sete países africanos, têm instalada a energia solar israelense e um milhão de pessoas têm acesso à água potável, graças aos técnicos de Israel.
Vale lembrar que 12 israelenses receberam o Prêmio Nobel nos mais diversos campos da ciência e cultura.
Mas Israel pagou um alto preço em vidas humanas, nestes 69 anos, na defesa de sua existência. Foram cerca de 23.500 mortos em guerras ou atentados terroristas.
Hoje, a resposta às Cruzadas, à Inquisição, aos pogroms, ao Holocausto e a tantos massacres a que o povo judeu resistiu, em mais de 3.800 anos de existência, é o brilho de um Estado judeu, que tem 20% de sua população constituídos de cidadãos árabes-israelenses que estudam em universidades públicas, têm direito ao voto, trabalham em hospitais públicos, têm 13 deputados árabes no Parlamento (Knesset), e é um farol de democracia no Oriente Médio, rotulando-se como a “nação da inovação”.
Osias Wurman é cônsul honorário de Israel no Rio
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