quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ministros do STF constataram que não existe jantar de graça com a Presidenta Dilma Rousseff?


Posted: 12 Aug 2015 03:42 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Chega de gatunagem no Brasil! Deve se tornar viral em todo o País a imitação do miado de gatos, feita por moradores da cidade paranaense de Jacarezinho, em protesto contra vereadores que tentaram menosprezar uma campanha cívica para forçar o corte de salário dos políticos locais. Foi mais uma comprovação de que o maior medo dos políticos é a bronca direta, raivosa e radical, dos eleitores. Nada mais simbólico e encorajador para a grande manifestação de domingo, 16 de agosto.

A pressão popular forçou os parlamentares a cortarem em 30% os salários da próxima legislatura. Quem for eleito em 2016 em vez de R$ 6.200 vai receber R$ 4.340 - o que já é muito dinheiro. Os miados prometem insistir nos protestos para que o valor seja reduzido a um salário mínimo (hoje R$ 788). Enquanto o provento não baixa mais ainda, foi cancelada a decisão que aumentava de nove para 13 o número de vagas na Câmara Municipal de Jacarezinho. Miados idênticos ao de Jacarezinho precisam chegar, urgentemente, a Brasília.     

Tudo bem que ontem foi o famoso "Dia do Pendura" (o 11 de agosto que celebra o Dia do Advogado, e existe uma "tradição" histórica, nem sempre cumprida amigavelmente, de causídicos e estudantes de Direito não pagarem as contas da festa nos restaurantes que aceitam a brincadeira). Mas um jantar com a Dilma Rousseff, em um momento indigesto para o governo, definitivamente não tem preço. Por isso, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal preferiram nem comer de graça e, muito menos, pagar para ver tal evento. 

Novamente, os marketeiros de Dilma erraram na receita. Foi ingênua e irresponsável a tentativa de aproximar Dilma do órgão máximo do Judiciário, em um momento de gravíssimo impasse político-institucional. Ainda bem que alguns esclarecidos ministros ligaram seu "desconfiômetro" e recusaram o temerário convite para um convescote, em hora inoportuna, no Palácio da Alvorada. Não foram os ministros Celso de Mello, Teori Zavascki (relator dos inquéritos da turma com absurdo foro privilegiado da Lava Jato) e Marco Aurélio de Mello, que detonou:

"De início, eu sou contrário ao comparecimento do colegiado como um grande todo a certos eventos, e esse evento é um deles. A leitura que o cidadão faz não é boa e acaba desgastando indiretamente a instituição. Nós não ficamos submissos por aceitarmos o convite da presidente da República, mas aquele a quem nós devemos contas, que são os cidadãos, eles veem de outra forma, como se fosse algo em termos de cooptação. E isso não é bom, principalmente nessa época".

No jantar, ao qual compareceram apenas cinco dos 11 ministros, Dilma pregou o óbvio: a harmonia entre os poderes... Ricardo Lewandowski foi quem falou o que a Presidenta mais queria ouvir: "compromisso com a estabilidade institucional e com a preservação da legitimidade dos mandatos". Dilma teria ouvido tudo, aceitando com a cabeça. O vice Michel Temer, meio afastado dela, também. Do STF, jantaram Rosa Weber, Dias Toffoli, Luiz Roberto Barroso e o recém nomeado Luiz Edson Fachin.

Conclusão: embora apavorada, a turma do desgoverno continua não enxergando que os efeitos psicossociais do processo do Mensalão (que ficou impune) e da Lava Jato (que está punindo empresários graúdos, com chances de chegar aos políticos corruptos). É por isto que o atual regime nazicomunopetralha vai cair de podre, na hora certa...

Perigosa boia de salvação


Uma perguntinha idiota: Será que Dilma Rousseff tem condições de revelar, publicamente, o completo teor do acordo que fechou com o companheiro Renan Calheiros - que até outro dia parecia odiá-la?

Como a resposta é negativa, vale uma pista sobre as intenções de Dilma usar Renan como sua principal boia de salvação no afundamento do PTitanic.

Como Renan é responsável pela indicação direta de pelo menos três ministros que compõem o Tribunal de Contas da União, além de não ter as contas reprovadas pelas pedaladas fora da lei de responsabilidade, Dilma ainda pode ter a chance de conseguir adiar, para o final do ano, a perigosa avaliação de suas contas.

Moral da História: para não tomar no TCU, e tentar fugir do risco de tomar no Cunha, Dilma topa qualquer negócio...

Tomando no Cunha


Reportagem de O Globo explica, direitinho, em três frases, como ocorre a operação de toma-lá-dá-cá entre a chefia do governo e o comando do Senado, para tentar neutralizar a oposição aberta do timoneiro da Câmara:

"Após meses de artilharia contra o governo, que começou quando se tornou público que estava entre os investigados na Lava-Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), passou agora a dar sinais de que pretende atuar como fiel da balança na governabilidade".

"A despeito da pressa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — também alvo da operação — em votar as contas de Dilma, Renan tem dito que o trâmite para a apreciação será mais demorado".

"A rejeição das contas do governo pelo TCU, se confirmada pelo Congresso, pode dar início a um processo por crime de responsabilidade contra a presidente".

Apenas convidado

Adivinha quem poderá ser a primeira pessoa ouvida na CPI do BNDES, no próximo dia 20 de agosto?

Ninguém menos que o Presidente do BNDES e conselheiro da Petrobras, Luciano Coutinho.

O problema é que, como foi convidado, e não convocado, Coutinho poderá alegar que tem outro compromisso na agenda, e não comparecer ao circo de horrores.

A mesma CPI também ameaça convidar ou convocar Luiz Inácio Lula da Silva para falar do belo trabalho de articulação empresarial internacional...

Bomba

A comissão de inquérito pretende investigar os financiamentos concedidos pelo BNDES, entre 2003 e 2015, a empresas investigadas pela Operação Lava Jato e a países africanos e latino-americanos.

A criação da CPI foi autorizada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, exatamente no mesmo dia em que ele anunciou seu rompimento oficial com o governo Dilma.

Essa CPI teria tudo para colaborar para o fim antecipado do governo, não fosse o costume das CPIs importantes do Congresso não acabarem em Pizza...

Modo de usar


Do economista liberal Rodrigo Constantino, comentando o novo livro do economista Fábio Gambiagi (Capitalismo - Modo de Usar, Editora Campus/Elsevier), uma visão otimista e necessária da estratégia de quem não aguenta mais aquela estrutura estatal baseada no laço entre Estado, grandes empresas e sindicatos - que antigamente se chamava de Fascismo, mas que hoje é idolatrado como solução pela esquerda:

"Para progredir, finalmente, o Brasil precisa, de uma vez por todas, se assumir como uma economia capitalista. O papel do Governo será fundamental para liderar uma agenda de reformas. Estas requerem cinco condições: a) um bom diagnóstico; b) convicções firmes; c) energia para implementar a agenda; d) uma enorme capacidade de persuasão; e, finalmente, e) um grande poder de articulação. Se estes requisitos forem cumpridos, o país vai dar um salto".

Brincadeira fora de hora


Eduardo Cunha não se fez de rogado porque Renan Calheiros reclamou que priorizar a votação das contas da Dilma significaria colocar fogo no Brasil:

"Não me considero incendiário e nem acho que ninguém tenha que ser bombeiro. Tem coisas que são atribuições de uma Casa, coisas de outras e coisas que são das duas. Não encaro como agressão. Acho absolutamente normal ter propostas, ideias, podemos concordar ou não. Agora, não adianta só aprovar lá. Ou há um mínimo de entendimento porque vivemos em um sistema bicameral ou então estão jogando para a plateia. Vão vir com uma série de medidas que todos sabem que jamais vão ser praticadas. É preciso que se coloque um pouco de responsabilidade no processo e saiba que o sistema é bicameral. Vivemos, pela Constituição, num sistema bicameral e não unicameral e obviamente as duas Casas têm que aprovar. Não dá para achar que só o Senado funciona ou só a Câmara e nem achar que tramitou no Senado, acabou, não existe Câmara".

O 13 do Bem

Alexandre Ferreira, da Rádio Globo, será o grande homenageado pela Confraria do Garoto em sua próxima data magna neste mês do desgosto.

Nesta quinta-feira, dia 13, às 13 horas e 13 minutos, no Espaço da Confraria, na Avenida 13 de Maio, em frente ao número 13, no Centro do Rio de Janeiro, ele será reverenciado pelo presidente Nelson Couto, o Xerife.

Na festa, o de sempre: muita mulher bonita, banda nota 10 e muita arruda para dar sorte ao evento e ao homenageado.

Alto preço da traição




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 12 de Agosto de 2015.

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