sábado, 29 de agosto de 2015

CONHEÇA A EMPREGADA DOMÉSTICA QUE VAI DESTRUIR DILMA ROUSSEFF - Carlos Newton

Não adianta o presidente do PT, Rui Falcão, alegar que a exibição do boneco de Lula como se fosse um ladrão comum faz parte de uma campanha de destruição da imagem do PT. O que existe é que o Partido dos Trabalhadores está completamente desmoralizado e já caiu no ridículo, que é o último estágio da derrocada política.
Esfaquear o boneco inflado de Lula, para tentar destruí-lo, como acontece ontem em São Paulo, é uma ação patética e improdutiva, que não consegue enfraquecer o movimento contra o PT e acaba por fortalecê-lo. Agora, é provável que o boneco se multiplique e apareça também em bottons, camisetas, bandeiras e adesivos, como se fosse uma griffe da moda.
É triste quando a gente diz que está sentindo pena de alguém. Mas às vezes este sentimento é inevitável. Hoje, o ex-presidente Lula, que chegou a ser um dos políticos mais importantes do mundo, passou a ser digno de pena. Ao invés de seguir o exemplo de Nelson Mandela e se tornar um ídolo mundial, a ser eternamente cultuado, travestiu-se em novo-rico vulgar, serviçal das elites e traidor das causas populares. Com seus ternos Armani e vinhos de R$ 300 a garrafa, Lula é hoje uma caricatura dele próprio. Vendeu-se por 30 dinheiros e já está totalmente desacreditado, como um pobre menino rico do tipo mafioso.
O mesmo fenômeno ocorreu com Dilma Rousseff, a sucessora escolhida a dedo, eleita e reeleita pelo esforço único e exclusivo de Lula, nos bons tempos, quando as pessoas ainda acreditavam nele. Era a primeira mulher a ocupar a Presidência de um país importante como o Brasil, quinto maior do mundo, com a sexta população e a oitava economia, uma potência de fato emergente. E ainda tinha o charme de um passado de lutas libertárias contra a ditadura militar.
Mas Dilma o que fez? Começou fraudando a própria biografia, dizendo-se “doutorada” pela Universidade de Campinas, sem jamais ter feito mestrado. Para quê isso? Depois, a arrogância, o desprezo pelos auxiliares. Alguns dos 39 ministros jamais foram chamados a audiência por ela, que se recusou repetidas vezes a receber até mesmo Eduardo Suplicy, uma figura lendária do PT.
O pior foi que a falsa doutorada decidiu comandar pessoalmente a economia, humilhando o então ministro Guido Mantega, um carreirista que a tudo se submeteu, sem lhe passar pela cabeça a hombridade de pedir demissão. O resultado aí está, um país à deriva, naufragando como um Titanic sem iceberg.
Hoje, Dilma Vana Rousseff também é digna de pena. Cercada de áulicos e falsos amigos, vive no eixo Alvorada/Planalto uma realidade própria, criada por ela. É um caso patológico, a ser estudado futuramente, para identificar se ela realmente percebe o mal que está fazendo aos brasileiros. Enquanto tudo desaba a ser redor, ela vive delirante como Alice no País das Maravilhas.
Ditadora, fixa regras para o ministro Joaquim Levy, que não é nenhuma sumidade, longe disso, mas pelo menos conhece os conceitos básicos de economia. Humilha publicamente o embaixador-chefe do cerimonial do palácio, apenas porque as vitoriosas atletas cadeirantes precisavam se posicionar antes da entrada triunfal da vaidosa presidente, que, ao contrário delas, só coleciona fracassos, tudo o que faz dá errado.
Em seus delírios de grandeza, realimentados pela operação plástica do final do ano e pela dieta impiedosa a que se submete, ela pensa que ficará até o final de 2018. Sonhar ainda não é proibido. Mas a realidade se mostra muito mais criativa.
O todo-poderoso ministro Antonio Palocci, preferido das elites e que seria candidato no lugar de José Dirceu em 2010, foi destruído pelo caseiro Francenildo, que até hoje não recebeu sua justa indenização.
Dilma Rousseff, que teve a sorte de assumir o lugar de Dirceu e Palocci, vai ser demolida por uma empregada doméstica chamada Angela Maria do Nascimento, cujo nome foi usado para receber R$ 1,6 milhão na campanha da candidata petista à Presidência da República.
Aí você pergunta: “Que país é este?”. E o trio Francelino Pereira, Renato Russo e Renato Duque responde: “É um país surpreendente”.

Assalto oficial



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

Os assaltantes oficiais vão tentar meter, ainda mais, a mão em nosso bolso. A famigerada CPMF ameaça voltar rebatizada de Contribuição Interfederativa da Saúde (CIS).

Só mesmo nesse país dirigido por bandidos é possível se ver tamanha incompetência administrativa, pouca vergonha e mau caratismo. A mais recente imoralidade, outras virão, deverá ser proposta por emenda à Constituição.

Se o novo/velho imposto for aprovado no Congresso, podemos ter certeza que a metade da alíquota de 0,38% proposta, ou seja 0,19%, vai ser distribuída entre os nobres parlamentares em acordo pré celebrado nos podres porões do Executivo e do Legislativo.

A verdade é que não podemos esperar muito do país do carnaval. Temos fantasias para tudo, inclusive para ministros. Basta escolher um idiota qualquer, como por exemplo um sindicalista que perdeu a eleição para vereador ou não foi reeleito para qualquer outro cargo público, lhe colocam a fantasia de ministro e daí para a frente ele será ministro.


Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

PALÁCIO MILIONÁRIO PARA ABBAS:

Description: The Presidential Palace planned to be built near Ramallah, in a computer-generated image on the website of PECDAR, the Palestinian Economic Council for Development and Reconstruction. (Screen capture) 

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, está promovendo a construção de um palácio presidencial de luxo, perto de Ramallah, a um custo de US$ 13 milhões, apesar da AP estar mergulhada numa crise financeira debilitante. "O objetivo deste projeto é construir o Palácio Presidencial em Surda, Ramallah, dentro de uma área de 4,700m2, juntamente com um edifício para a Administração e Guarda Presidencial com uma área de 4.000m2. O projeto de construção também inclui a preparação da área circundante e dois heliportos, e o projeto será construído numa área de terra de 27,000m2 ", diz um comunicado no site da PECDAR, o Conselho Econômico Palestino para Desenvolvimento e Reconstrução. A seção no site dedicada aos "em curso e futuros projetos" também contém uma página sobre a reconstrução da Faixa de Gaza, onde bairros inteiros foram devastados durante a guerra do verão passado entre Israel e os governantes do Hamas que ocupam o território. A construção do palácio ocorre em meio a especulações de que Abbas poderia demitir-se em breve.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CHARGE DO SPON - Comentariios dos Silva...


NADA ILEGAL. APENAS HIPOCRISIA


GilGil - pincel atômico


Pesquei no Blog do Felipe Moura Brasil. Embora odiscurso do Evo Morales seja mais importante, selecionei este artigo, pois é um belo exemplo dos caminhos por onde passa o dinheiro que v. e eu pagamos como impostos e se transforma de público em privado.

Os ilustres paralamentares propuserem queimar dinheiro, fazendo uma doação anual quase bilionária aos próprios partidos, isto é, a si mesmos.

De qual partido é o deputado que inventou a pérola? PT. O mais aquinhoado? PT.

Má Dama não vetou. De qual partido ela é? PT.  Da parte que lhe toca, o PT reserva uma verba para pagar os seus marqueteiros,  sendo o principal na web a agencia de guerrilha virtual Pepper (Pimenta).

A Pepper destina  VINTE MIL REAIS POR MÊS para aquele marqueteiro que mantém aquela cretinice chamada DILMA BOLADA (ainda existe?) e que sempre disse e diz que nada recebe por isso.

Felipe Moura Brasil
Felipe Moura Brasil

 Ilegal não parece ser. Mas esclarece bem, muito bem, os tortuosos caminhos por onde o teu dinheiro acaba no bolso do marqueteiro.  Fim.

O sócio vai brigar por eu colocar duas chamadas para o blog de um concorrente… mas o plágio foi feito em cimaDESTE ARTIGO  do Felipe Moura Brasil





FONTE - https://prosaepolitica.wordpress.com/2015/08/26/nada-ilegal-apenas-hipocrisia/

CHARGE DO SPON - O mundo encantado de Dilmalice...


DILMA E OS ESQUEMAS FRAUDULENTOS DA SUA CAMPANAHA



DILMA FRAUDE
O Ministro Gilmar Mendes decidiu por abrir uma nova investigação para apurar a participação da empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME na campanha presidencial de 2014, envolvendo a candidata Dilma  Rousseff.  A empresa foi aberta em agosto de 2014 e em apenas dois meses emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,6 milhões, sendo R$ 1,6 milhões em nome de Dilma…
(AE) O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo relatório técnico elaborado pelo Fisco Paulista que detectou irregularidades em empresa contratada pela campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff. A empresa, com nome de Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, foi aberta em agosto de 2014 – a dois meses da eleição – e somente entre agosto e setembro emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões. Deste valor, R$ 1,651 milhão foi emitido em nome da campanha presidencial petista.
Segundo o apurado, não há nenhum destaque de impostos nas notas fiscais emitidas e não há “registro de entrada de materiais, produtos e serviços”. A empresa seria responsável por entregar produtos de publicidade, placas, standards e faixas, além de despesas com pessoal.
A Fazenda Estadual de São Paulo não encontrou a empresa no seu endereço comercial. A proprietária da companhia foi localizada em endereço residencial e disse ter sido “orientada a abrir a empresa para funcionar no período eleitoral”. De acordo com ela, todo o material era proveniente de outra empresa, a Embalac Indústria e Comércio Ltda. O contador das duas empresas, Carlos Carmelo Antunes, disse ter aberto a segunda empresa a pedido dos sócios da Embalac “com o intuito de faturar os produtos destinados às eleições em nome de Angela, para que a Embalac não fosse desenquadrada do regime Simples Nacional”.
O relatório foi elaborado pela Fazenda Estadual paulista depois do pedido de Mendes para que o órgão verificasse indícios de irregularidades com relação à gráfica Focal Confecção e Comunicação Visual. Em ofício ao TSE, a Fazenda do Estado afirmou que precisaria de mais tempo para análise sobre a Focal “devido ao grande volume de documentos apresentados”. O órgão fazendário, no entanto, apurou a situação fiscal de outros estabelecimentos paulistas citados na prestação de contas da presidente e apontados pela assessoria técnica do TSE, entre eles a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME.
Diante do verificado, o ministro quer que o Ministério Público paulista apure “eventual ilícito” com relação à empresa.
Na última sexta-feira, Gilmar Mendes, que é relator da prestação de contas da petista, pediu a abertura de investigação de suposta prática de atos ilícitos. Em despacho encaminhado à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, Mendes indica “potencial relevância criminal” na campanha petista. (AE)
FONTE - http://cristalvox.com.br/2015/08/25/dilma-e-os-esquemas-fraudulentos-da-sua-campanaha/

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

EX-PROFESSORA DAS FILHAS DE VERÍSSIMO REAGE AOS INSULTOS DO ESCRITOR CONTRA OS OPOSITORES DO GOVERNO DILMA


Uma das ex-professoras das filhas do escritor gaúco Luiz Fernrando Veríssimo não gostou de ser comparada a vira-latas por protestar contra a corrupção do governo Dilma. Ela encaminhou esta carta ao editor, que vai publicada na íntegra:

Prezado LF Verissimo:
Na crônica com o título ‘O Vácuo’, comparaste os manifestantes contra o governo aos cachorros vira-latas que, no passado, corriam atrás dos carros, latindo indignados. Dizes que nunca ficou claro o que os cães fariam quando alcançassem um carro, por ser uma raiva sem planejamento. E que os cães de hoje se modernizaram, convenceram-se de seu próprio ridículo, renderam-se ao domínio do automóvel.
Na tua infeliz e triste comparação, os manifestantes de hoje são vira-latas obsoletos sitiando um governo que mais se parece com um Fusca indefeso, que sabem o que NÃO querem – Dilma, Lula, PT – mas não pensaram bem NO QUE querem no seu lugar. Como um velho e obsoleto cachorro vira-lata, quero te latir (não sei se entendes a linguagem de cachorros) algumas coisas:
1. Independentemente das motivações de cada um, tenho certeza de que todos os cachorros na rua correm em busca dos sonhos perdidos, que, em 13 anos, foram sendo atropelados não por um Fusca indefeso, mas por um Land Rover de corrupção, imoralidades, mentiras, alianças políticas espúrias, compras de pessoas, impunidade, incitação à luta de classes, compra de votos com o Bolsa Família , desrespeito e banalização da vida pela falta de segurança e de atendimento digno à saúde, justiça falha, etc, etc.
2. Se os cachorros se modernizaram e pararam de correr atrás do carro, não foi por se convencerem do próprio ridículo. Foi porque não conseguiram nunca alcançar os carros e isso os desmotivou. Falta de planejamento, concordo. Mas os cachorros de agora aprenderam que se correrem juntos, unidos, latindo bastante atrás do carro, cada vez mais e mais, de novo e de novo, chegará uma hora em que o motor vai fundir. Eles vão alcançar o carro. O motorista vai ter que descer do carro e outro assumirá. Pior do que está não vai ficar, embora o conserto vá demorar muito. Não vai ser fácil, mas os vira-latas vão conseguir se organizar, pelo voto. Não pela ditadura.
3. Não é verdade que o latido mais alto entre os cachorros foi o de um chamado Bolsonaro. Acho que estavas na França gozando das delícias de um croissant na beira do Sena (enquanto os vira-latas daqui corriam atrás do osso perdido) e não viste os vídeos das manifestações. Se bem que a TV Globo e o Datafolha também não enxergaram nada. O que mais cresceu na manifestação foi uma certeza, a certeza que vai fazer esse país mudar: com essa Land Rover desgovernada não dá mais. Os cachorros com seus latidos unidos jamais serão vencidos. E sabem que mais dia, menos dia, esse carro vai parar. É assim que começa, pena que eles não acreditem. Não vai ter mais dinheiro pra comprar brioches para o povo. E o número de vira-latas vai aumentar muito. Quem comandará a corrida? Não sei, só sei que prefiro ser um vira-lata à moda antiga do que um vira-lata moderninho que se rende a uma Land Rover.
4. Te enganas quando dizes que os cachorros de antes corriam atrás dos carros porque a luta era outra. Não, a luta é a mesma, o contexto é diferente. Os cachorros não querem um passaporte bolivariano. O vácuo vai ser preenchido, não te preocupes. Por quem for necessário e aceito, desde que não seja pelo exército do Stédile.
5. Em tempo: essa vira-lata que te fala foi professora das tuas filhas no antigo e admirável Instituto de Educação. Lá aprendi que é importante latir não por latir, mas para defender os sonhos possíveis. E tuas filhas devem ter aprendido muita coisa com os meus latidos. Continuo latindo, agora na rua, para derrubar o que acredito ser um mal nesta nação arrasada: a corrupção e, mais do que isso, um governo corrupto, que perdeu totalmente a vergonha. Eles criaram um “vácuo” de imoralidade e de incompetência que vai ser difícil de recuperar. Mas, vamos conseguir!
Atenciosamente, auauau.
ROSÁLIA SARAIVA

ADELINO COLOMBO DIZ QUE ATUAL CRISE POLÍTICA, ECONÔMICA E DE CONFIANÇA É A PIOR DE TODAS AS CRISES


Nesta entrevista para a jornalista Marta Sfredo, Zero Hora de hoje, diz o empresário gaúcho Adelino Colombo, dono da maior rede de varejo do RS que o Brasil está doente, mas não vai morrer. 

Leia tudo:

Ele começou a vender aparelhos de TV logo que a novidade surgiu, de porta em porta. Aos 84 anos, segue no comando de uma rede de 246 lojas espalhadas pela Região Sul. Adelino Colombo confessa que não se vê longe do comando. Até já tentou, contratando executivos, mas depois de certo tempo retomou a tarefa. 

Em julho, um dos mais promissores, Rodrigo Piazer, também se desligou. Haverá substituição, mas só em 2016, mesmo que isso custe horas a mais de trabalho. Colombo conversou com a coluna +Economia na semana passada, quando o frio ensaiava um retorno. Ele gostou, porque era a chance de reduzir o estoque de aquecedores? Que nada. 

— Tenho ódio do frio. Gosto do verão, para andar de bermuda, à vontade — devolveu. 

Era assim que estava semanas antes quando, pela primeira vez, tentou fisgar salmões no Chile. Neste ano complicado, nem a pescaria, com o fiel parceiro Paulo Bellini, da Marcopolo, rendeu. 

— Foi interessante, mas não pegamos nada.

O senhor sempre foi otimista em períodos difíceis. Está conseguindo se manter assim?  
Não está fácil. Tivemos muitos problemas no passado, a inflação era 30%, 40% por mês, corte de três zeros na moeda, congelamento de preços. Vamos superar. Essa crise é mais política, econômica e de confiança. E não se sabe quando termina. Na empresa, não cortamos investimentos. Vamos abrir uma loja neste mês, mais três no próximo, pensamos em outros pontos. Infelizmente, tive de reduzir parte do meu pessoal, em certos setores. E fazer um corte profundo de despesas. Não estamos gastando se não precisa, mas tocando o negócio. O Brasil está doente, mas não vai morrer. 

O senhor mencionou características da crise, como a questão política e de confiança. Em termos de gravidade... 
(interrompe) Ah, é disparado a pior de todas. A inflação era alta mas a vida continuava, tudo era indexado. Pessoal comprava, a gente financiava com 38% de juro ao mês. O mercado, os negócios não paravam. Estive em Porto Alegre outro dia e me assustei. O rapaz da garagem onde estaciono disse que tem cem carros a menos por dia. Em todos os lugares está assim, restaurante, supermercado, farmácia. É uma crise profunda. 

O senhor disse que não se vê o fim da crise, mas dá para ver quando para de piorar? 
Acho que vai chegar a um ponto em que o mercado vai fazer a sua parte, não vai mais dar bola para essa situação, o pessoal volta a consumir. O que assusta é o desemprego, é o inferno. Mas podemos fazer como a Itália, que começou a se desenvolver e deixou o governo de lado, com suas crises, a Máfia. Acho que vamos dar a volta. A nossa presidente deve terminar o mandato, mas com muita dificuldade. O país não está em boas condições, olha o que é o nosso Estado, é coisa de chorar. 

Está afetando as vendas? 
Está batendo feio. Até que não perdemos tanto de faturamento. Até o dia 19, estamos com 8,7% abaixo do ano passado. Mas como a nossa previsão era crescer 10%, estamos na verdade 18% abaixo. Isso representa muito no resultado final, porque as despesas e os aluguéis não baixaram, a energia subiu. 

De que tamanho foi o corte de pessoal na rede? 
Foi triste. Tinha mais ou menos 5 mil (funcionários), foram 160, 180. Só o excesso mesmo. 

Durante essa fase de dificuldades, o diretor-superintendente da rede deixou o cargo. A saída tem relação com a crise?
Não, ele saiu faz um mês. Foi porque vai fazer um negócio solo. Ele é oriundo do setor de calçados, e isso não saiu da cabeça dele. Ele até me convidou para ser sócio, mas tenho que chega, tenho de cuidar do que eu tenho. 

Está buscando substituto?
Sim, mas não é para agora. Estou deixando para o ano que vem. Tenho uma boa diretoria, a gente vai tocando o negócio. 

Está trabalhando mais?
Eu? Um pouco mais, sim (risos). Eu saía mais cedo, agora estou saindo um pouco mais tarde. Tenho dito a meus amigos o seguinte: importante é quando a gente faz o que gosta, não se estressa. Não canso, não brigo com ninguém, vou tocando o dia a dia. Amo o que eu faço. 

E tem aquela pergunta que a gente sempre faz: tem aparecido comprador para a Colombo? 
Olha, ultimamente não. Há um, dois anos, sim. Hoje, se eu quiser vender, ninguém compra (risos). Este ano, em novembro, eu completo 68 anos, mas não é de idade, é de trabalho. Eu não saberia viver sem minha empresa. Minha grande preocupação é a perpetuação, com todos os problemas, com a concorrência, que é uma loucura. Mas é assim mesmo, tem de ter condições de resolver os problemas, ser criativo. O que vale é que a gente tem saúde. Sou uma pessoa que não durmo sem rezar, agradecer a Deus. 

E enquanto durar essa situação, qual é a estratégia? 
Se parar é pior. Vamos discutir promoções especiais para mexer um pouco no mercado. Não parei com propaganda, publicidade, ao contrário, estou investindo mais em publicidade. Se parar é pior.

A Colombo vende por carnê? 
Sim, por volta de 30%. O valor maior é no cartão de crédito. 

A inadimplência aumentou? 
Sim, tem um aumento, mas não é assim assustador.

PARA DONA DO MAGAZINE LUIZA, NÍVEL DE CONFIANÇA DA POPULAÇÃO ACABOU


A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, disse nesta segunda-feira, em evento em São Paulo, que não é uma pessoa otimista, mas confiante no país, e que é preciso "resgatar o Brasil" e ser protagonista para realizar as mudanças necessárias.

"O consumo não acabou, o que acabou, e o IDV [Instituto para o Desenvolvimento do Varejo] mostra isso, foi o nível de confiança da população", afirmou. "Nós precisamos resgatar o país", comentou a empresária, durante o Latin American Retail, evento de varejo promovido pela consultoria GS&MD.

Segundo nota logo abaixo, fica claro que o índice de confiança dos consumidores despencou fortemente. A nota abaixo é resultado de pesquisa da Fecomércio do RS. 


"Apenas 54% das casas têm lavadora de roupas e só 10% têm televisores de tela plana. E faltam 20 milhões de casas para atingirmos patamar de [moradias populares em] países desenvolvidos. Então, há muitas TVs e geladeiras que podemos vender ainda", disse Luiza Trajano, que até recentemente era apontada como uma das principais interlocutoras do empresariado junto a Dilma. 

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL CHEGA A R$ 2,603 TRILHÃO


O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 0,78% em julho, quando atingiu R$ 2,603 trilhões. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira (24), pelo Tesouro Nacional. Em junho, o estoque estava em R$ 2,583 trilhão.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 40,08 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,52% e fechou o mês em R$ 2,475 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 6,14% maior, somando R$ 128,72 bilhões (US$ 37,93 bilhões no mês passado).

A parcela da Dívida Pública Federal a vencer em 12 meses subiu de 21,19% em junho para 22,44% em julho. O prazo médio da dívida subiu de 4,58 anos em junho para 4,63 anos em julho. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 14,31% ao ano em junho para 14,99% a.a. em julho.

Já a parcela de títulos prefixados na Dívida Pública Federal caiu de 42,52% em junho para 41,32% em julho. Os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia no período, de 20,15% para 20,64%.

ANÁLISE, IGOR GIEWLOW, FOLHA - ANÚNCIO AMADOR REFLETE DESORGANIZAÇÃO DO GOVERNO


A análise a seguir foi publicada há pouco no site do UOL. O autor é o diretor da Folha em Brasília, Igor Gielow.

Leia:

Após anos de cobrança pelo inchaço da máquina federal, o governo resolve cortar 10 dos 39 ministérios. Baita notícia, condizente com a necessidade de sinalizar sintonia com o momento difícil do país –ainda que, na prática, a tosa acabe sendo mais cosmética do que efetiva, dado que não se faz muita economia meramente cortando pastas.
O que um governo faria? Convocaria uma entrevista com antecedência, visando atrair a atenção da mídia, e apresentaria planos claros. Poderia até tentar associar a austeridade com o previsível recrudescimento da crise econômica devido às novas más notícias vindas da China.
Bom, houvesse governo em Brasília, isso teria ocorrido. Como se trata da gestão agônica de Dilma Rousseff, o que se vê é um ministro anunciando timidamente, "no susto", que a medida bombástica irá acontecer, só não sabe bem dizer como.
O amadorismo do anúncio desta segunda é um reflexo cristalino da desorganização que impera na Esplanada dos Ministérios, dado que a piloto sumiu da cabine de comando.

Há também a grande probabilidade de o corte ter o mesmo fim da tal Agenda Brasil, que sumiu dos discursos oficiais com a velocidade com que surgiu: criar fumaça para tentar esconder a origem do incêndio.

PETROBRAS PAGAVA O DOBRO DO VALOR DE CUSTO, DIZ TCU


Esta reportagem de Dimmi Amora, Folha de S. Paulo de hoje, revela que superfaturamentos sistêmicos que podem chegar à metade daquilo que a Petrobras, a maior empresa do país, gastava com suas bilionárias obras e aquisições.

O TCU não diz, mas é impossível que os presidentes da estatal, Sérgio Gabrielli e depois Graça Foster, mas até mesmo Lula e Dilma, sobretudo Dilma, que foi presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, não soubessem de nada.

Leia tudo:

Os primeiros indícios de investigações inéditas em andamento para analisar mais de R$ 30 bilhões em contratos da estatal nos últimos anos com as empresas envolvidas na Operação Lava Jato.
A primeira mostra dos absurdos valores que a estatal pagava a essas empresas causou choque entre ministros e auditores do TCU (Tribunal de Contas da União). O normal era desembolsar mais que o dobro do que custava. Em alguns casos, chegou a pagar 13.834% a mais.
A análise foi feita em parte de um contrato de R$ 3,8 bilhões da estatal com um consórcio formado pelas empresas Camargo Corrêa e Cnec para a construção de uma das plantas da refinaria Abreu e Lima (PE).

Quando fazia auditorias para apontar os preços elevados da Petrobras —o que vem ocorrendo desde 2007— o TCU usava como parâmetro preços de referência do mercado.
No caso dessa obra, o TCU já havia apontado indícios de preços elevados e sugeriu ao Congresso Nacional suspender a obra em 2010. O então presidente Lula vetou a medida e a obra seguiu.
Em obras muito específicas, vários itens do contrato não têm preços de referência. Com a Lava Jato, o juiz Sérgio Moro permitiu que o tribunal tivesse acesso às notas fiscais do consórcio. Para esses itens onde não há referência, o TCU comparou o que a Petrobras pagou com o valor da nota fiscal do consórcio.

Itens
É aí que as distorções são gigantescas. Uma tubulação pela qual a Petrobras pagou R$ 24,3 mil foi comprada por R$ 4,3 mil. Em 190 itens analisados, 185 tinham preços de nota inferiores ao que a Petrobras pagava.
Auditores desconfiam que o cartel que atuava na empresa sabia que o tribunal não tinha como comparar os preços desses itens. Nos artigos em que era possível comparar preços, os custos reais da empresa são 6% inferiores às tabelas de preço. Nos que não se podia comparar, a média chegou a 114% a mais.
Em alguns casos, contudo, as distorções apontam para indícios de crime. Ao licitar a obra, em 2010, a Petrobras aceitou pagar por um Compressor a Diesel (250 PCM) R$ 9.684 mensais. As notas do consórcio, contudo, apontam despesas de apenas R$ 70 por mês nesse equipamento.
A diferença é tanta que levantou suspeitas de que esse pagamento era apenas uma forma de lavar dinheiro.

OUTRO LADO
A Petrobras informou que não comentará esta decisão do TCU (Tribunal de Contas da União).
O consórcio das empresas Camargo Correia e Cnec informou que o contrato "foi firmado pela modalidade de contratação 'empreitada por preço global' e não 'empreitada por preço unitário'. Dessa forma, a análise deve considerar o preço global dos serviços e fornecimentos prestados e não itens isolados".
O consórcio informa que ainda não tem conhecimento de todos os dados e não pode se manifestar no processo do TCU para "apresentar os esclarecimentos necessários" e que vai colaborar para o esclarecimento dos fatos. Ainda segundo a nota, a obra foi auditada durante seu andamento pela Petrobras e pelo TCU.
"É fundamental considerar nesta análise o atraso no fornecimento de projetos finais e alterações de escopo, ambos de responsabilidade da contratante e que impactaram preços e prazos".
Por enquanto, os auditores do TCU só conseguiram comparar preços de pouco mais de 35% do que a Petrobras pagou nesse contrato, cerca de R$ 1,5 bilhão. E já abriram processo para cobrar desvios de R$ 673 milhões. 

domingo, 23 de agosto de 2015

UFRJ INAUGURA O MAIOR ESTACIONAMENTO SOLAR DO PAÍS.




A universidade economizará até R$ 40 mil por ano gerando energia em painéis solares que fazem sombra para os carros

BRUNO CALIXTO – 18/08/2015

Bruno Calixto
Bruno Calixto

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugura nesta terça-feira (18) o maior “estacionamento solar” do país – um estacionamento em que os telhados que fazem sombra para os carros são feitos com painéis fotovoltáicos e, portanto, usam a luz do Sol para gerar energia.

"Estacionamento solar"
“Estacionamento solar” da UFRJ (Foto:Divulgação)


São mais de 400 painéis solares que, juntos, deverão gerar cerca de 140 mil kw por ano, em média. Segundo a UFRJ, essa energia é suficiente para abastecer 70 casas por mês. A universidade ligou os painéis solares na rede da Light, a concessionária de energia do Rio, e envia essa energia para a rede. Toda a energia enviada para a Light será descontada da conta de luz da UFRJ. Isso deve render um desconto de R$ 36 mil a até R$ 40 mil por ano.

O projeto só foi financiado graças a uma estratégia de ICMS ecológico. Em 2012, a universidade assinou um convênio com o governo do Rio. O governo prometeu deixar de recolher o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que é cobrado na conta de luz da UFRJ. Esse recurso passou a ser transferido para um fundo, chamado de Fundo Verde, que só pode utilizar o dinheiro emprojetos de sustentabilidade nas áreas de energia, mobilidade e água.

Estacionamento são ótimos espaços para receber painéis fotovoltaicos: grandes áreas abertas em que as coberturas têm como única função fazer sombra. Outros espaços semelhantes, como estacionamentos de shoppings, quadras esportivas de escolas, estádios, entre outros, poderiam seguir esse exemplo da UFRJ.

Aliás, não é necessário ser empresa ou outra instituição para gerar sua própria energia solar. Qualquer consumidor pode fazê-lo em sua própria casa desde 2012, quando a Aneel regulamentou a geração distribuída. A pessoa liga seus painéis na rede elétrica e a energia que consegue produzir é descontada do total de sua conta de luz. Já mostramos, no Blog do Planeta, um relato de uma consumidora que fez exatamente isso. Infelizmente, aindafaltam incentivos para quem quer gerar energia solar em casa.

O GOVERNO DILMA E A SÍNDROME DE ESTOCOLMO


por Percival Puggina. Artigo publicado em 

 Há alguns meses, uma dupla de vagabundos me encostou uma pistola na barriga e exigiu a chave do carro. Ainda sob o impacto do acontecido, fomos, minha mulher e eu, à delegacia mais próxima relatar a ocorrência. Era o que se impunha fazer naquele momento e esperávamos, ademais, que a notificação urgente possibilitasse - quem sabe? - recuperar o que nos haviam roubado. Mas isso não aconteceu.
Estou convicto de que tivemos um comportamento normal. É o que se faz em tais circunstâncias. Reage-se indo à polícia. Espera-se que os criminosos sejam apanhados. Exige-se que as quadrilhas sejam trancafiadas.
Diante do que acabo de descrever, impõem-se inquietante questão: por que, diabos, quando na condição de cidadãos que veem o país ir à gaita, tantos se recusam a admitir que estão sendo roubados? Por que, após serem ludibriados com mentiras, muitos se mantêm defendendo os mentirosos? Que síndrome de Estocolmo (1) social e economicamente sinistra é essa que ainda sai às ruas, assina colunas de jornais, esgrima comentários no rádio e na tevê e se entrincheira nas redes sociais para defender o governo? Agem como vítimas que, após o dano sofrido, saem conversando amavelmente, abraçadas com quem as prejudicou - "Bye, bye, voltem sempre!". (1)Essa síndrome designa o vínculo emocional com os sequestradores, desenvolvida pelos sequestrados durante um roubo a banco na capital da Suécia em 1973.
Recebi, ontem um levantamento segundo o qual, somando-se os filiados ao Partido dos Trabalhadores com os militantes do MST, Via Campesina, MTST, UNE e ONGs financiadas pelo governo federal, acrescidos dos blogueiros, MAVs pagos pelo partido e titulares de cargos de confiança, chega-se a umas 15 milhões de pessoas, ou seja a 7% do eleitorado. E esse seria, portanto, o piso da aprovação ao governo.
No entanto, os números parecem um pouco inflados. Há gente que não se enquadra em qualquer dessas categorias e se conta entre os tais 7%. Quando milhões saem às ruas em centenas de cidades do país, expressando a natural indignação de quem se percebe roubado, ludibriado e vítima de estelionato eleitoral, os protetores do governo tratam de desqualificar suas admiráveis manifestações. Afirmam que são mobilizações exclusivas da classe média, como se um governo que fez mais da metade dos votos e em poucos meses cai para 7% de aprovação, não tivesse perdido apoio de todas as classes sociais.
Nestes dias, o petismo busca salvação no andar mais elevado dos poderes de Estado, reunindo homens  da estirpe de Lula, Sarney, Renan, Jucá, Barbalho. Janta com ministros do STF! Encontra-se secreta e casualmente com Lewandowsky na cidade do Porto. Usa e abusa dos nossos recursos, aumentando os gastos com a publicidade oficial para domar a mídia e distribuindo favores aos currais eleitorais do Norte e do Nordeste.
E tem buscado, inutilmente, arregimentar apoios, também, no andar térreo, convocando os "exércitos" de Stédile (MST) e de Vagner Freitas (CUT). Que fiasco! Para cada cem manifestantes do dia 16, o governo conseguiu, no dia 20, transportar e colocar nas ruas uns 4 ou 5 gatos pingados, que se moviam em visível constrangimento e com a animação de velório de monge budista. Não é humano, não é natural, não é normal, aplaudir corrupção, inflação, desemprego, carestia, recessão e incompetência. Quando isso acontece, ou há interesses em jogo, ou é síndrome de Estocolmo.
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.