Não adianta o presidente do PT, Rui Falcão, alegar que a exibição do boneco de Lula como se fosse um ladrão comum faz parte de uma campanha de destruição da imagem do PT. O que existe é que o Partido dos Trabalhadores está completamente desmoralizado e já caiu no ridículo, que é o último estágio da derrocada política.
Esfaquear o boneco inflado de Lula, para tentar destruí-lo, como acontece ontem em São Paulo, é uma ação patética e improdutiva, que não consegue enfraquecer o movimento contra o PT e acaba por fortalecê-lo. Agora, é provável que o boneco se multiplique e apareça também em bottons, camisetas, bandeiras e adesivos, como se fosse uma griffe da moda.
É triste quando a gente diz que está sentindo pena de alguém. Mas às vezes este sentimento é inevitável. Hoje, o ex-presidente Lula, que chegou a ser um dos políticos mais importantes do mundo, passou a ser digno de pena. Ao invés de seguir o exemplo de Nelson Mandela e se tornar um ídolo mundial, a ser eternamente cultuado, travestiu-se em novo-rico vulgar, serviçal das elites e traidor das causas populares. Com seus ternos Armani e vinhos de R$ 300 a garrafa, Lula é hoje uma caricatura dele próprio. Vendeu-se por 30 dinheiros e já está totalmente desacreditado, como um pobre menino rico do tipo mafioso.
O mesmo fenômeno ocorreu com Dilma Rousseff, a sucessora escolhida a dedo, eleita e reeleita pelo esforço único e exclusivo de Lula, nos bons tempos, quando as pessoas ainda acreditavam nele. Era a primeira mulher a ocupar a Presidência de um país importante como o Brasil, quinto maior do mundo, com a sexta população e a oitava economia, uma potência de fato emergente. E ainda tinha o charme de um passado de lutas libertárias contra a ditadura militar.
Mas Dilma o que fez? Começou fraudando a própria biografia, dizendo-se “doutorada” pela Universidade de Campinas, sem jamais ter feito mestrado. Para quê isso? Depois, a arrogância, o desprezo pelos auxiliares. Alguns dos 39 ministros jamais foram chamados a audiência por ela, que se recusou repetidas vezes a receber até mesmo Eduardo Suplicy, uma figura lendária do PT.
O pior foi que a falsa doutorada decidiu comandar pessoalmente a economia, humilhando o então ministro Guido Mantega, um carreirista que a tudo se submeteu, sem lhe passar pela cabeça a hombridade de pedir demissão. O resultado aí está, um país à deriva, naufragando como um Titanic sem iceberg.
Hoje, Dilma Vana Rousseff também é digna de pena. Cercada de áulicos e falsos amigos, vive no eixo Alvorada/Planalto uma realidade própria, criada por ela. É um caso patológico, a ser estudado futuramente, para identificar se ela realmente percebe o mal que está fazendo aos brasileiros. Enquanto tudo desaba a ser redor, ela vive delirante como Alice no País das Maravilhas.
Ditadora, fixa regras para o ministro Joaquim Levy, que não é nenhuma sumidade, longe disso, mas pelo menos conhece os conceitos básicos de economia. Humilha publicamente o embaixador-chefe do cerimonial do palácio, apenas porque as vitoriosas atletas cadeirantes precisavam se posicionar antes da entrada triunfal da vaidosa presidente, que, ao contrário delas, só coleciona fracassos, tudo o que faz dá errado.
Em seus delírios de grandeza, realimentados pela operação plástica do final do ano e pela dieta impiedosa a que se submete, ela pensa que ficará até o final de 2018. Sonhar ainda não é proibido. Mas a realidade se mostra muito mais criativa.
O todo-poderoso ministro Antonio Palocci, preferido das elites e que seria candidato no lugar de José Dirceu em 2010, foi destruído pelo caseiro Francenildo, que até hoje não recebeu sua justa indenização.
Dilma Rousseff, que teve a sorte de assumir o lugar de Dirceu e Palocci, vai ser demolida por uma empregada doméstica chamada Angela Maria do Nascimento, cujo nome foi usado para receber R$ 1,6 milhão na campanha da candidata petista à Presidência da República.
Aí você pergunta: “Que país é este?”. E o trio Francelino Pereira, Renato Russo e Renato Duque responde: “É um país surpreendente”.
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