FÁBRICA DE SUPERÁVIT
GOVERNO ATRASAVA REPASSE DE BENEFÍCIO PARA CRIAR FALSO SUPERÁVIT
Publicado: 07 de abril de 2015 às 13:22 - Atualizado às 13:44
ESQUEMA ATRASAVA REPASSES PARA BANCOS QUE PAGAM BENEFÍCIOS, COMO CAIXA E BB, CRIANDO UM SUPERÁVIT TEMPORÁRIO. FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro José Múcio Monteiro levará ao plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira (14) da próxima semana o processo que apura “pedaladas fiscais” do governo da presidente Dilma Rousseff, que se arrasta na Corte há pelo menos sete meses.
Múcio aguardava parecer do Ministério Público, encaminhado ao ministro na noite de segunda-feira (6). Nos próximos dois dias, ele se debruçará sobre o processo.
A malandragem do governo, considerada crime, consiste em atrasar benefícios sociais para simular “equilíbrio” nas contas públicas.
Além de atrasar de propósito o pagamento de aposentadorias, por exemplo, a “pedalada fiscal” do governo retardou até o Bolsa Família, conforme antecipamos.
O atraso no repasse dos benefícios sociais foi um artifício criado por tecnocratas, sob aval do Planalto, para “fabricar superávit”.
No relatório encaminhado ao ministro, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira endossa o parecer de auditores e técnicos do Tribunal, que investigaram as contas do Tesouro Nacional, Banco Central, Caixa, Banco do Brasil e INSS no fim do ano passado.
A conclusão é que, de fato, o Tesouro atrasou repasses de dinheiro aos bancos, principalmente à Caixa. A decisão final depende de aprovação do plenário, mas a tendência é que Múcio siga a orientação do Ministério Público.
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