O Antagonista antecipa aqui quanto as grandes empreiteiras do consórcio construtor de Belo Monte teriam pago de propina ao PT e ao PMDB. Nosso cálculo parte do furo do jornal O Globo, segundo o qual Dalton Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa, dirá ao juiz Sergio Moro e aos procuradores da Lava Jato que a empresa, com 16% de participação no orçamento total da hidrelétrica no Pará, destinou 1% da sua fatia para o PT e outro para o PMDB -- ou 51 milhões de reais para cada partido.
A tabela da propina em Belo Monte:
Andrade Gutierrez: 18% de participação no orçamento total da obra = 5,7 bilhões de reais = 57 milhões de reais para o PT e 57 milhões de reais para o PMDB
Camargo Corrêa: 16% de participação no orçamento total da obra = 5,1 bilhões de reais = 51 milhões de reais para o PT e 51 milhões de reais para o PMDB
Odebrecht: 16% de participação no orçamento total da obra = 5,1 bilhões de reais = 51 milhões de reais para o PT e 51 milhões de reais para o PMDB
Queiroz Galvão: 11,5% de participação no orçamento total da obra = 3,6 bilhões de reais = 36 milhões de reais para o PT e 36 milhões de reais para o PMDB
OAS: 11,5% de participação no orçamento total da obra = 3,6 bilhões de reais =36 milhões de reais para o PT e 36 milhões de reais para o PMDB
Contern: 10% de participação no orçamento total da obra = 3,2 bilhões de reais = 32 milhões de reais para o PT e 32 milhões de reais para o PMDB
Galvão: 10% de participação no orçamento total da obra = 3,2 bilhões de reais == 32 milhões de reais para o PT e 32 milhões de reais para o PMDB
Assim, se a porcentagem da propina era idêntica para todas as empreiteiras do consórcio, PT e PMDB embolsaram, cada um, 295 milhões de reais, no mínimo.
Mas o PT e o PMDB disseram sim, sim, sim
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