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Enquanto Cristina Kirchner resolve dissolver a Secretaria de Inteligência (Side) da Argentina, no rastro da misteriosa morte do promotor Alberto Nizman, as autoridades brasileiras copiam uma fórmula usada nos tempos dos governos dos presidentes militares para combater o crime organizado que se alastra pelo País. Analistas de assuntos estratégicos avaliam que, quando o governo de São Paulo cria um conselho que unifica os sistemas de inteligência das polícias civil e militar, na prática, está se rendendo à fórmula do DOI-CODI da década de 70.
O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, pode seguir caminho idêntico. Ontem, foi obrigado a vir a público para se mostrar inconformado com a explosão de violência gerada pelo narcotráfico. Só este ano, 16 pessoas acabaram vítimas de "balas perdidas" nos confrontos entre a PM e traficantes. Os marginais usam pessoas inocentes como alvos, e a comunidade, manipulada, despeja a ira contra a Polícia. Beltrame descreveu nosso estágio de guerra civil não declarada, ao informar que, de novembro do ano passado até ontem, foram presas 4.410 pessoas e apreendidos 65 fuzis, 578 pistolas, 539 revólveres e 54 granadas no estado do RJ.
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin criou um Conselho para coordenar as ações policiais e integrar os sistemas de inteligência das corporações. O Conselho Integrado de Planejamento e Gestão Estratégica (CIPGE), órgão ligado diretamente ao gabinete da Secretaria da Segurança Pública, irá propor formas para a criação de um centro de informações único, que integrará centros de operações da Polícia Civil (Cepol), Militar (Copom) e do Corpo de Bombeiros (Cobom). O centro unificado de agora tem a mesma lógica dos Destacamentos de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do Exército.
O CIPGE terá entre suas atribuições a elaboração e o acompanhamento das diretrizes do Plano Estadual de Segurança Pública, coordenação e análise dos dados dos setores de inteligência, planejamento das operações das polícias Científicas, Civil e Militar e articulação da integração com outros órgãos de segurança, da União ou dos municípios. O Conselho poderá sugerir medidas para controle da letalidade de policiais na atividade operacional, além de fiscalizar o Programa de Metas e Bônus por Resultados. O grupo também irá indicar investimentos nos órgãos policiais de acordo com a dotação orçamentárias e poderá propor mudanças legislativas ou administrativas, para melhorar o trabalho dos agentes.
Existe uma razão política por trás das mudanças na área e nos procedimentos de inteligência. Já ficou manjada a tática de utilizar o exército de guerrilha, aparentemente financiado pelo narcotráfico, para promover ações de terror com motivações políticas. Como também está mais que evidente qual o esquema que financia, de verdade, o narcotráfico, fica claro qual deve ser o alvo exato de ações táticas e estratégicas de inteligência...
A falta de água, energia, inflação, aumento do custo de vida, desemprego e vários outros problemas conjunturais devem contribuir para o aumento da violência. Por isso, é preciso se preparar para os próximos capítulos ainda mais sangrentos de nossa guerra civil não declarada no Brasil...
Recado ao Exército
O Secretário Beltrame praticamente mandou um recado às Forças Armadas na crítica à fragilidade na segurança das fronteiras:
"Eu quero ver alguém que saiba dizer quanto entra por dia de drogas, armas e munição no país. Ninguém tem isso, porque o controle é muito difícil, são 16 mil quilômetros de fronteira. É preciso haver uma ação muito grande, e o Brasil precisa acordar para essa necessidade. Há problemas que têm de ser represados lá fora. É inteligente, racional e mais barato combater o tráfico nas fronteiras que sair correndo aqui, pela Avenida Brasil, produzindo confrontos, policiais feridos e mortos inocentes".
Beltrame foi ainda mais incisivo na solução:
"Temos o Exército, a Aeronáutica, a Marinha. Precisamos levar os soldados para lá (as fronteiras), não dá mais para ficar em Natal, na Urca".
O troco
O troco
O Ministério da Defesa polemizou em números com Beltrame.
Em nota, lembrou que as Forças Armadas, principalmente o Exército, estão presentes nas fronteiras.
Em oito edições da chamada Operação Ágata, apreenderam 979 embarcações, 229 armas, 3.878 balas, 21,9 toneladas de explosivos e 68 toneladas de drogas.
Bota na poupança...
Dilma Rousseff deve ter respirado aliviada porque Nestor Cerveró lhe fez o favor de incluí-la e, depois, excluí-la do rol de testemunhas na Lava Jato.
A Presidenta pode não ter sabido nada sobre os contratos superfaturados de aluguel de sondas e plataformas - conforme versão dos defensores de Cerveró.
O difícil vai ser convencer os investidores norte-americanos que processam a diretoria e os conselheiros da Petrobras que Dilma de nada sabia quando foi "presidente" do Conselho de Administração da empresa na Era Lula.
Propinobras: vamos sambar?
Promete ser grande sucesso do carnaval, de Elinaldo Barbosa.
Levy, governe...
Fora do ritmo...
Tsunami de protestos
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 27 de Janeiro de 2015.
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