Líder do grupo afirma que decisão é uma vontade popular.
Após a assinatura da paz duradoura entre Israel e Palestina, no último dia 26, o grupo Hamas estaria disposto a abrir negociações com o governo israelense. A informação foi anunciada por Moussa Abu Marzouk, um dos líderes do grupo, ao jornal al Ahram, nesta quinta-feira (11).
"Se nós enfrentamos o inimigo israelense com armas, também podemos negociar igualmente", afirmou Marzouk. Segundo ele, a decisão de uma possível negociação não foi feita somente pelo grupo. "As negociações diretas são uma demanda popular na Faixa de Gaza", disse. "A nossa política é aquela de não negociar a ocupação. Mas devemos terá consciência de que isso não pode ser considerado um tabu", explicou Marzouk.
O líder do Hamas aproveitou para criticar a Autoridade Nacional Palestina (ANP). "Para eles, Gaza é um peso." Apesar de dividirem um governo palestino de unidade, retomado em abril, Hamas e a ANP voltaram a viver uma crise. No último dia 7, o líder da ANP, Mahmoud Abbas, ameaçou romper o acordo com o Hamas, ao acusar o grupo de governar Gaza de forma obscura e sem a participação do Fatah, partido de Abbas. A crise entre os grupos gerou desânimo da comunidade internacional, que viu diminuírem a chances de um acordo de paz com Israel.
No último dia 5, o Hamas negou pedido do governo israelense para que se desarmasse, em troca do desbloqueio da Faixa de Gaza e abertura de portos e aeroportos na costa. (ANSA)
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