Deu no Estadão
(Murilo Rodrigues Alves e Andreza Matais)
(Murilo Rodrigues Alves e Andreza Matais)
Ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato recebe aposentadoria mensal de cerca de R$ 25 mil. Esse valor, convertido para a moeda utilizada na Itália, onde está foragido, chega a € 8 mil. Bem acima da média salarial daquele país, de 815 euros, o que irá lhe garantir uma vida bem acima dos padrões europeus, após a crise financeira internacional, segundo pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgada no ano passado.
A assessoria de imprensa da Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, informou que a instituição continuará creditando a aposentadoria na conta pessoal de Pizzolato e não a transferirá para outra instituição financeira em outro país, a não ser que haja determinação judicial para isso. No entendimento do Ministério Público, não é possível cassar o benefício do ex-servidor por ser de caráter privado. O que pode ocorrer é indisponibilidade dos bens para garantir o pagamento da multa aplicada juntamente com a restrição à liberdade.
O ex-diretor do BB foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros STF também estipularam o pagamento de multa de R$ 1,272 milhão. Amigos do ex-diretor do BB têm afirmado que ele enfrenta problemas financeiros devido aos altos custos dos advogados. Na carta divulgada após a fuga, o ex-diretor disse que tem uma vida “moldada pelo princípio da solidariedade que aprendi muito jovem quando convivi com os franciscanos”.
Pizzolato conseguiu se aposentar em 2005, após trabalhar mais de 30 anos no banco, no auge das denúncias do mensalão com o salário de diretor, na época de quase R$ 19 mil – o valor foi ajustado pela inflação.
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