19/03/2013 DEIXE UM COMENTÁRIO
Giulio Sanmatini
O poder Legislativo brasileiro está vivendo, no momento, uma total situação de nocivo surrealismo.
O deputado Henrique Alves (PMDB-RN) foi eleito presidente da Câmara (4/2/2013), mesmo acusado pelo Ministério Público Federal de enriquecimento ilícito numa ação de improbidade administrativa. Essa mesma Câmara, elegeu (6/3) para presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), mais que racista e homúfobo racista declarado, é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de estelionato.
Nesse mesmo dia passaram a fazer parte da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania além de Paulo Maluf (PP-SP), foragido da Interpol, João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), ambos condenado pelo “mensalão.
No Senado Federal a coisa não muda, o seu presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL) é um comprovado peculatário.
Ontem, dia 18, disse ele em discurso, comemorando os 77 anos do já falecido Ronaldo Cunha Lima: “Sinto a ausência de um grande amigo a quem hoje reverenciamos a sua memória. Todas as palavras serão insuficientes para representar o quando este paraibano honrado representou”.
O homenageado além de Senador, foi governador, vereador, prefeito, deputado federal, estadual e escritor de poesias, que bem poucos conhecem.
Mas ninguém disse que Cunha Lima, foi autor de uma tentativa de homicídio, agravada pela premeditação, no dia 5/11/1993. Quando era governado da Paraíba, tentou matar a tiros o ex-governador do mesmo estado Tarcísio Burity.
Foram três disparos contra o seu antecessor, feitos no Restaurante Gulliver. Ao se dirigir para lá tinha planejado matar Buryti, em reação a supostas críticas que este teria feito contra deu filho Cássio Cunha Lima, então superintendente da Sudene.
Burity sobreviveu aos tiros, embora tenha ficado alguns dias em coma. O episódio e o ferimento causaram-lhe outros problemas de saúde e, dez anos depois do crime, no dia 8 de julho de 2003, ele morreu de falência múltipla de órgãos.
Burity sobreviveu aos tiros, embora tenha ficado alguns dias em coma. O episódio e o ferimento causaram-lhe outros problemas de saúde e, dez anos depois do crime, no dia 8 de julho de 2003, ele morreu de falência múltipla de órgãos.
Acho que está de bom tamanho, não deixa dúvidas que o poder legislativo está ocupado por uma quadrilha de mal-feitores.
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