O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, até esta sexta-feira a noite não tinha questionado o documento reproduzido aqui neste site, obtido junto ao blog ucho.info, dando conta da saída do mensaleiro Henrique Pizzolato pelo aeroporto de Guarulhos, mas mandou avisar que o registro de saída é falso, identificou o funcionário responsável pela inclusão mentirosa e vai contar tudo em breve. Há controvérsia. Neste sábado, o editor recebeu nota da Federação Nacional dos Policiais Federais, admitindo que podem ocorrer fraudes no embarque e desembarque no aeroporto internacional de Guarulhos. A nota não afirma que Henrique Pizzolato saiu por ali, mas para quem sabe ler, fica claro o seguinte:
- Henrique Pizzolato pode mesmo ter saído por Guarulhos.
. E com ajuda de quem conhece bem tudo o que ocorre no aeroporto.
. Na nota, os policiais federais informam que a funcionária federal identificada como autora do "registro falso" possui senha para fazer a inserção, mas que a senha foi compartilhada com dezenas de outros empregados, alguns dos quais até já foram demitidos ou se demitiram.
. Leia os principais trechos da nota:
Para a Fenapef, podem ocorrer fraudes no embarque e desembarque do aeroporto internacional de Guarulhos, devido às vulnerabilidades causadas pela má gestão da Polícia Federal em São Paulo. Apesar das recorrentes reclamações do Tribunal de Contas da União, há anos a fiscalização do tráfego internacional em São Paulo não é realizada somente por policiais federais . Segundo a Fenapef, diante das irregularidades existentes, Pizzolatto poderia ter embarcado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Em relação ao documento divulgado pela imprensa, com suposto registro de saída de Pizzolatto pela PF no aeroporto de Guarulhos, a funcionária citada no documento realmente possui uma senha de acesso ao sistema, mas não é servidora da Polícia Federal. Ela é funcionária de uma empresa particular contratada pela Administração da PF em São Paulo, que subcontrata dezenas de funcionários terceirizados que exercem irregularmente atividades de natureza policial. E mais, no Aeroporto de Guarulhos, a senha de acesso em nome da funcionária terceirizada, citada no documento, é compartilhada por dezenas de outros funcionários também terceirizados, com formação ignorada, substituídos em períodos de 2 a 3 meses, devido às péssimas condições de trabalho e baixos salários. A Fenapef afirma que os riscos de fraudes no embarque e desembarque são enormes, pois as vulnerabilidades existem há anos e parecem ser ignoradas pela gestão da PF em São Paulo.
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