04/09/2013
às 5:55
Pois é… No ritmo em que vão as coisas, o país logo precisará de “Mais Médicos”… cubanos! As condições de trabalho no interior do país e nas periferias requerem mesmo a mão de obra escrava oriunda da ilha comunista. Os profissionais que conservam o seu direito de ir e vir e que são donos do próprio destino tendem a recusar os pardieiros que abrigam as unidades de atendimento. Leiam trecho de reportagem publicada nesta terça pela Folha. Volto depois.
Médicos questionam infraestrutura e exigências e abandonam programa
Por Daniel Carvalho e Nelson Barros Neto:
A carreira de Nailton Galdino de Oliveira, 34, no programa Mais Médicos, bandeira de Dilma Rousseff (PT) para levar atendimento de saúde ao interior e às periferias, durou menos de 48 horas e exatos 55 atendimentos. Alegando estar impressionado com a estrutura precária da unidade em Camaragibe (região metropolitana do Recife), onde atuou por dois dias, pediu desligamento. “É uma aberração: teto caindo, muito mofo e infiltração, uma parede que dá choque, sem ventilação no consultório, sala de vacina em local inapropriado, falta de medicamentos”, afirmou.
Por Daniel Carvalho e Nelson Barros Neto:
A carreira de Nailton Galdino de Oliveira, 34, no programa Mais Médicos, bandeira de Dilma Rousseff (PT) para levar atendimento de saúde ao interior e às periferias, durou menos de 48 horas e exatos 55 atendimentos. Alegando estar impressionado com a estrutura precária da unidade em Camaragibe (região metropolitana do Recife), onde atuou por dois dias, pediu desligamento. “É uma aberração: teto caindo, muito mofo e infiltração, uma parede que dá choque, sem ventilação no consultório, sala de vacina em local inapropriado, falta de medicamentos”, afirmou.
Casos de desistência como esse frustraram parte dos municípios que deveriam receber anteontem 1.096 médicos brasileiros da primeira etapa do programa (os estrangeiros só vão começar depois). A Folha encontrou exemplos espalhados pelo país, com justificativas variadas alegadas pelos profissionais –incluindo falta de infraestrutura, planos profissionais e pessoais e desconhecimento de algumas condições. Na prática, as desistências de brasileiros devem reforçar a dependência do programa por profissionais estrangeiros.
Um balanço da segunda rodada do Mais Médicos mostra baixa adesão de novos interessados na bolsa de R$ 10 mil por mês. Houve só 3.016 inscrições — mais de metade de formados no exterior. Enquanto isso, a demanda por médicos ultrapassou 16 mil — menos de 10% foi suprida na primeira etapa. O ministro Alexandre Padilha (Saúde) disse que, após a nova fase, deve pensar “outras estratégias” para atrair mais médicos. Ele comparou as baixas às dificuldades cotidianas de contratação.
(…)
Voltei
Aí vai uma síntese do caráter deletério do programa Mais Médicos. O governo queria espalhar os doutores Brasil afora, mas sabia, e sabe, que inexiste a estrutura física para abrigar esses profissionais. Não é por acaso que o Ministério da Saúde não consegue a chamada “interiorização” dos médicos. Sentindo-se aviltados, acabam recusando o trabalho; outros tantos, como se lê acima, desistem quando constatam o cenário miserável em que terão de trabalhar.
Aí vai uma síntese do caráter deletério do programa Mais Médicos. O governo queria espalhar os doutores Brasil afora, mas sabia, e sabe, que inexiste a estrutura física para abrigar esses profissionais. Não é por acaso que o Ministério da Saúde não consegue a chamada “interiorização” dos médicos. Sentindo-se aviltados, acabam recusando o trabalho; outros tantos, como se lê acima, desistem quando constatam o cenário miserável em que terão de trabalhar.
Eis que surgem, então, os cubanos. Acostumados com situações até mais precárias do que as que encontrarão aqui; impossibilitados de dizer “não” ao regime que os exporta — a alternativa é ficar na ilha e receber US$ 35 por mês; impedidos de construir uma carreira no Brasil porque suas respectivas famílias ficaram em Cuba, e o visto provisório não lhes dá o direito de exercer outra atividade que não aquela do “contrato”; sabedores de que é inútil tentar desertar ou, como ameaçou o governo, serão “devolvidos”; submetidos ao regime férreo de obediência ao comunismo; postos, mesmo aqui no Brasil, sob a tutela de agentes cubanos, que são seus verdadeiros chefes, então os doutores de Fidel ficarão — com parede dando choque, mofo, sem ventilação… Mais: eles não reivindicarão nada. Ficarão longe de qualquer associação ou órgão de classe. Pronto! O modelo é perfeito. Na campanha do ano que vem, Dilma e Padilha se orgulharão do seu feito.
A ditadura cubana receberá, em valores de hoje (e tomando 4 mil médicos como referência) US$ 200 milhões por ano, na expectativa de que chegue a US$ 500 milhões, já que se fala lá em Brasília na contratação de até 10 mil cubanos — uma leva grande viria dos que atuam hoje na Venezuela. É um negócio bom para todo mundo, até para esses profissionais de Cuba — afinal, mesmo recebendo só uma pequena parcela dos R$ 10 mil, a alternativa é muito pior. Sem precisar prestar contas a quem quer que seja, a ditadura receberá a dinheirama. E sempre há, não custa relembrar, a chance de que parte dela volte na forma de financiamento de campanha, né? Será que os nossos patriotas fariam uma coisa feia como essa?
Informa ainda a Folha: “Em Vitória da Conquista (BA), dos cinco médicos que deveriam ter começado, três já desistiram. Na região metropolitana de Campinas, dos 13 selecionados, 5 pediram para sair. Na capital paulista, 1 de 6 voltou atrás. Em Salvador, 5 dos 32 convocados já abandonaram, assim como 11 dos 26 profissionais previstos em Fortaleza. No Recife, 2 desistências foram confirmadas de um total de 12 médicos selecionados.”
O sistema de saúde de que Padilha é o chefe máximo é incompatível com um regime de homens e mulheres livres.
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