De Vitor Birner
Os dirigentes de clubes não manifestaram, ao menos até agora, apoio ao Bom Senso FC.
Eis uma situação bizarra, lamentável e simbólica de como o gestores das grandes instituições do futebol cuidam do time que você ama.
Eles deveriam ser os maiores críticos do calendário da CBF.
Pagam fortunas de salários, investem dezenas de milhões de reais na contratação e formação de profissionais para as equipes que ‘cuidam’, sabem da queda de rendimento e aumento de lesões geradas pela falta de pré-temporada, têm noção da perda de qualidade do produto final de seu trabalho por causa disso e mesmo assim mantêm o sepulcral silêncio.
Eles adoram falar em profissionalismo, dizem que o futebol “hoje em dia é um negócio”, sempre citam a importância do marketing, mas apoiam quem danifica, pois reelegem os presidentes de federações estaduais e da CBF, o objeto milionário que montaram.
Seria mais ou menos como se você tivesse uma fábrica, gastasse milhões para fazer o melhor produto e concorrer em alto nível, alguém de fora fizesse algo que baixa a qualidade dele e a sua empresa ficasse ao lado de quem prejudicou aquilo que ela oferece ao público.
Resumindo, é uma grande, sem graça e irritante piada de mau gosto.
Realmente o valor do dinheiro no planeta futebol tupiniquim tem valor e tratamento diferente do que vemos no restante da sociedade.
Por que estes mesmos cartolas não tratam a grana de seu negócios pessoais como fazem com a dos times de futebol?
Quando o assunto é administração dos clubes e seriedade, continuamos na idade da pedra.
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