Regras para o crédito imobiliário ficaram mais rígidas no país após o estouro da bolha, mas os juros para estrangeiros continuam baixos em relação ao financiamento no Brasil
Mais brasileiros deixaram de comprar à vista para financiar imóveis nos Estados Unidos, depois que os bancos americanos voltaram a permitir o financiamento imobiliário para estrangeiros, há cerca de um ano e meio. O crédito havia sido congelado após o estouro da bolha imobiliária de 2008.
Empreendimento Paradise Palms, perto de Orlando, possui moradias com piscina, cinema e lazer a partir de US$ 268 mil. Foto: Lennar Corporation
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Em 2012, cerca de 90% dos brasileiros enviaram remessas com o valor total do imóvel – ou seja, compraram à vista. Já em 2013, metade deles transferiram 30% da entrada exigida para financiar, segundo dados dos clientes brasileiros da Moneycorp, que faz transações de câmbio em Orlando, na Flórida.
Mas as regras para obter crédito nos EUA ficaram mais rígidas após a crise, assemelhando-se ao mercado brasileiro, avalia Juliana Scolari, gerente de negócios da Moneycorp. "Hoje os bancos analisam a origem dos recursos e a possibilidade do pagamento, e exigem uma entrada maior que antes da crise, quando nem era preciso comprovar renda em alguns casos”.
Antes de aceitar o financiamento, o banco costuma exigir duas cópias do Imposto de Renda, holerites ou uma carta de comprovação da renda dos últimos dois anos, extrato bancário dos últimos três meses, certidão negativa de débito e um documento que mostre que o investidor possui ao menos seis meses das prestações financiadas em uma conta bancária ou aplicação.
O prazo para o banco aprovar o financiamento dura em média 45 dias e o investidor precisa estar presente nos EUA no dia da assinatura do contrato. A possibilidade de financiar o imóvel é geralmente informada pelo corretor, que dá as orientações ao interessado.
A opção mais comum de financiamento nos EUA, e a preferida dos brasileiros, permite parcelar o pagamento em 30 anos, com uma taxa média de juros que varia de 5% a 6% ao ano. No Brasil, os juros do crédito habitacional variam entre 8% e 10% ao ano no mesmo prazo.
Brasileiros também podem financiar imóveis nos EUA em 15 anos, a uma taxa média anual de 5%. “Antes da crise, os juros para estrangeiros eram mais altos do que para cidadãos americanos, mas hoje eles são praticamente iguais”, compara Juliana.
Gastos adicionais
Apesar dos juros relativamente baixos, o brasileiro que quiser financiar deve levar em conta não apenas estas taxas, mas os custos embutidos na operação. Há uma despesa para o fechamento do financiamento que oscila entre 5% e 7% do valor total do imóvel.
É preciso considerar, também, os custos da transferência financeira para os EUA. O processo é feito exclusivamente pelo Banco Central do Brasil, para o qual o investidor deve informar a origem dos recursos e o motivo da transferência do dinheiro.
É o BC que autoriza ou nega a remessa ao exterior após analisar as últimas declarações do Imposto de Renda do investidor. “Para facilitar o processo, é recomendável abrir uma conta bancária nos EUA”, orienta a executiva da Moneycorp.
O câmbio praticado na conversão do real para o dólar pode variar bastante de um estabelecimento para outro. Por isso, Juliana recomenda pesquisar a melhor taxa antes de fechar a transação – ainda mais com a recente alta da moeda americana, cotada a R$ 2,28 nesta terça-feira (30). Depois, o prazo para a chegada dos dólares ao banco pode demorar de 15 a 20 dias.
Além disso, os bancos podem exigir também uma documentação traduzida e o atendimento pode ser confuso e burocrático, alerta Juliana, da Moneycorp. “Para reduzir as dores de cabeça, um especialista em transferência internacional pode ajudar”.
Preços dos imóveis
Um estudo da S&P/Case-Shiller divulgado no fim de maio apontou que os preços dos imóveis residenciais nas 20 maiores cidades americanas sofreram uma alta anual de 10,9% em março deste ano. O aumento foi o maior desde 2006 no país.
Em Orlando, onde a procura de brasileiros por imóveis é expressiva, o valor médio dos imóveis subiu 23,95% em abril deste ano, ante o mesmo período de 2012, de US$ 117 mil para US$ 145 mil, segundo dados da Orlando Regional Realtor Association.
Apesar da alta expressiva dos preços dos imóveis, eles continuam convidativos para brasileiros, na opinião da corretora de imóveis Rosana Almeida, da Florida Connection. “Ainda há muito espaço para valorização”, afirma.
Para a corretora, muitos americanos que se endividaram com a crise estão com dificuldade em financiar imóveis e passaram a optar pelo aluguel, abrindo oportunidade para brasileiros que queiram investir. Segundo Rosana, 51% da população de Orlando aluga seus imóveis.
Uma casa de 205 metros quadrados em um condomínio fechado de Park Shore Beach District, na Flórida, com valor de compra de US$ 655 mil, pode render um aluguel de cerca de US$ 38 mil por ano para o investidor.
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Fonte: IG
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Brasileiros financiam imóveis nos EUA com juros de 5% ao ano
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